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Category Archives: Saúde

Cérebro permanece jovem por mais tempo em mulheres que homens, mas razão intriga cientistas

2019/03/06   admin

A idade do cérebro não é sempre a mesma de nossa idade cronológica.

Ainda que um homem e uma mulher tenham a mesma idade, pode ser que o mesmo não seja verdade para seus cérebros.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Washington, nos Estados Unidos, chegaram à essa conclusão após um estudo indicar que, em média, o cérebro de mulheres é mais jovem do que o de homens da mesma idade, do ponto de vista de seu metabolismo.

Algumas pesquisas já apontaram que mulheres tendem a obter resultados melhores do que homens idosos em testes de raciocínio, memória e solução de problemas.

O que é o metabolismo cerebral

O cérebro funciona como uma máquina que se alimenta de oxigênio e açúcar.

Na velhice, as mulheres tendem a permanecer mais hábeis mentalmente do que homens.

Estas substâncias são usadas em uma série de reações bioquímicas que nos permitem fazer atividades que vão desde caminhar a resolver uma equação matemática – um processo conhecido como metabolismo cerebral.

À medida que envelhecemos, este metabolismo fica mais lento, mas, aparentemente, isso ocorre de forma distinta em homens e mulheres.

“O metabolismo cerebral poderia nos ajudar a compreender algumas das diferenças que vemos entre homens e mulheres à medida que envelhecem”, disse, em um comunicado, o médico Manu Goyal, professor de radiologia e coautor do estudo.

Cérebro de mulheres é mais jovem do que sua idade cronológica, diz estudo

Hoje, especialistas sabem pouco sobre como o metabolismo cerebral difere entre os sexos masculino e feminino. Para aprender mais, Goyal e sua equipe fizeram imagens dos cérebros de 205 homens e mulheres, com idades entre 20 e 82 anos, para analisar como seus cérebros estavam metabolizando açúcar e oxigênio.

Com base nestas informações, cientistas treinaram um algoritmo para calcular a idade de uma pessoa segundo seu metabolismo cerebral.

Assim como quando tentamos adivinhar a idade de alguém ao ver seu rosto, o algoritmo previu a idade dos participantes com base nas imagens de seus cérebros.

O algoritmo apontou que as mulheres tinham, em média, 3,8 anos menos do que suas idades cronológicas, enquanto os homens tinham 2,4 anos a mais. Essa relativa juventude dos cérebros de mulheres foi detectada inclusive entre as participantes mais jovens.

Goyal e sua equipe agora se dedicam a novas pesquisas para entender melhor o que significam estes resultados. “Isso poderia explicar por que as mulheres não têm uma deterioração cognitiva tão grande em uma idade mais avançada – seus cérebros são de fato mais jovens”, diz o médico.

Em entrevista à rádio americana NPR, Goyal afirmou que ainda não está claro o motivo dos cérebros das mulheres permanecerem jovens por mais tempo que os de homens, ainda que isso possa estar relacionado a questões hormonais ou genéticas.

“Estamos começando a entender como vários fatores relacionados com o gênero poderiam afetar a trajetória do envelhecimento cerebral e como isso poderia influir na vulnerabilidade do cérebro ou as enfermidades neurodegenerativas.”

Fonte: BBC Brasil – 28/02/2019.

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Cientistas relatam segundo caso de remissão do HIV após transplante

2019/03/05   admin

Não se pode falar em cura da Aids, ressaltam os cientistas envolvidos no estudo, publicado na revista Nature

Desde 1982, quando a Aids foi descrita pela primeira vez pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano, apenas um portador da doença entrou em remissão total, sem sinais da existência do vírus em seu organismo. Agora, um grupo internacional de pesquisadores anunciou o segundo caso em quase quatro décadas de um indivíduo que, depois de passar por um transplante de células-tronco, viu-se livre do HIV.

Não se pode falar em cura da Aids, ressaltam os cientistas envolvidos no estudo, publicado na revista Nature. Mas, como frisa o líder da pesquisa, Ravindra Gupta, da Universidade College Londres e da Universidade de Cambrige, “isso traz esperança para novas estratégias de tratamento que, juntas, possam eliminar o HIV”. Ainda que hoje a síndrome da imunodeficiência adquirida seja abordada como uma doença crônica — e não mais letal —,15 milhões dos 37 milhões de infectados não têm acesso à terapia antirretroviral e, mesmo entre os tratados, os casos de resistência aos medicamentos são preocupantes. “A supressão durável do HIV sem necessidade de drogas é, portanto, uma prioridade global urgente”, diz o artigo.

Chamado de Paciente de Londres, o homem descrito no trabalho, que será apresentado na noite desta terça-feira (5/3), na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Washington, repete o êxito do Paciente de Berlim. Em 2007, o norte-americano Timothy Brown, HIV-positivo, foi submetido a um transplante de medula óssea, onde são formadas as células do sistema imunológico, entre outras, para tratar uma leucemia. Depois de passar pela radiação que destruiu a própria medula — procedimento padrão nessa cirurgia —, ele recebeu a de um doador imune ao vírus. Esse homem carregava uma versão mutante de moléculas que, posicionadas na superfície das células de defesa, funcionam como receptoras, permitindo a entrada de substâncias para o núcleo celular.

A grande jogada do HIV é se unir a esses receptores — em especial, a um produzido pelo gene CCR5 — para, então, adentrar as células de defesa do organismo. Uma vez lá, o vírus usa o maquinário celular para inserir seu material genético. O doador de medula de Timothy Brown tinha uma rara condição, presente em 1% da população mundial: uma variante do CCR5 que não produz o receptor mais usado pelo vírus para promover a infecção. Brown parou de usar a terapia antirretroviral e, ainda hoje, não apresenta sinais da presença do HIV. Apesar do sucesso desse caso, procedimentos semelhantes que se seguiram a ele não surtiram o mesmo efeito.

O tratamento do Paciente de Londres, que prefere o anonimato, foi bem menos tóxico, contudo. Diagnosticado com HIV em 2003, ele entrou no regime antirretroviral, com a combinação de três medicamentos, em 2012. No fim daquele mesmo ano, o homem descobriu um linfoma Hodgkin grau 4, o mais avançado. A quimioterapia de primeira linha não fez o efeito desejado, e os médicos resolveram tentar o transplante de medula óssea. Embora nenhum doador 100% compatível tenha sido identificado, havia um no cadastro mundial que chegava próximo e era portador da variante do CCR5. “Mas o tratamento que fizemos foi diferente do Paciente de Berlim, porque não envolveu radioterapia”, esclarece o coautor do estudo, Ian Gabriel, pesquisador do Imperial College Londres.

Assim como Timothy Brown, o Paciente de Londres teve um início de rejeição, mas que foi controlada. Ele continuou nos antirretrovirais por mais 16 meses, quando os médicos suspenderam o tratamento. A partir daí, os exames mostraram que as células imunológicas do homem continuam sem o receptor CCR5 e, portanto, livres do HIV. Ele já se encontra em remissão há 18 meses. “Ao alcançar a remissão em um segundo paciente usando uma abordagem semelhante, mostramos que o Paciente de Berlim não era uma anomalia, e que foi realmente as abordagens de tratamento que eliminaram o HIV nessas duas pessoas”, disse Gupta. Quando o caso de Brown foi descrito, parte da comunidade científica levantou a suspeita de que o transplante não tivesse relação com a eliminação do vírus.

Os autores do estudo destacam que, por ser uma cirurgia arriscada e que depende de doadores compatíveis, o transplante de medula óssea não pode ser considerado um tratamento para todos os pacientes de HIV — exceto aqueles que necessitem do procedimento por terem desenvolvido doenças como leucemia e linfoma. Porém, dizem que o sucesso obtido pelo Paciente de Londres indica um caminho promissor para novas estratégias terapêuticas: prevenir que o gene CCR5 se expresse.

“Enquanto esse tipo de tratamento obviamente não é prático para tratar os milhões de pessoas ao redor do mundo vivendo com HIV, relatos como esses podem ajudar no desenvolvimento da cura do HIV”, opina Andrew Freedman, pesquisador de doenças infecciosas da Universidade de Cardiff, que não participou do estudo. “A cura provavelmente está a muitos anos distante de nós e, até lá, precisamos continuar apostando no rápido diagnóstico e no início da combinação da terapia antirretroviral crônica. Essa terapia é altamente efetiva tanto em restaurar uma expectativa de vida quase normal quanto na prevenção da transmissão para outras pessoas.”

Resistência adquirida

  • O HIV infecta o organismo entrando nas células CD4, do sistema imunológico. Uma vez no interior, ele usa o maquinário da própria célula para replicar seu material genético.

  • Para conseguir entrar na CD4, o HIV se junta a receptores da superfície da célula. O mais comum é o CCR5. Pessoas que têm duas cópias mutantes do alelo CCR5 são resistentes à variante HIV-1 do vírus. Sem “permissão” do receptor, o vírus não entra na célula e, portanto, não as infecta.

  • O paciente de Londres foi diangosticado em 2012 com linfoma de Hodgkin avançado. Trata-se de um câncer do sistema linfático. Para tratar a doença, ele foi submetido a quimioterapia e, em 2016, a um transplante de células-tronco hematopoiéticas (precursoras das células sangúineas). O doador tinha duas cópias mutantes do CCR5.

  • Além de destruir as células cancerosas, a quimioterapia ajudou a matar as células do HIV que se dividiam.

  • Com o transplante, as novas células do paciente começaram a nascer com a variação do doador. Dessa forma, elas não expressam o receptor CCR5, impedindo que o HIV consiga adentrá-las.

  • O paciente de Londres está há 18 meses em remissão e as células do seu sistema imunológico continuam não expressando o receptor CCR5.

Palavra de Especialista

“Outros pacientes tratados de forma similar desde o Paciente de Berlim não tiveram resultados semelhantes. Se nós conseguirmos entender melhor por que o procedimento funciona em alguns pacientes e não em outros, estaremos mais perto do nosso objetivo de curar o HIV. No momento, o procedimento ainda é envolto de muitos riscos para ser usados em pacientes que estão bem. Mas isso pode encorajar pacientes HIV que precisam de um transplante de medula óssea a considerar um doador CCR5 negativo, se possível”

Graham Cooke, infectologista e professor de medicina do Imperial College Londres.

Fonte: Paloma Oliveto – Correio Braziliense, em 05/03/2019.

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Dorme menos de 6 horas por noite? Estudo indica que você tem mais chances de ter problemas de saúde

2019/01/21   admin

Aqueles que têm um sono de má qualidade estão 34% mais propensos a ter aterosclerose em comparação aos que dormem bem.

Um estudo divulgado na segunda-feira (14) pode tirar ainda mais o sono de quem já dorme pouco. De acordo com os pesquisadores, quem dorme menos de seis horas por noite tem maior risco de aterosclerose – um acúmulo de placas nas artérias por todo o corpo – em comparação com aqueles que têm sono considerado normal, ou seja, de sete a oito horas por noite.

A pesquisa foi publicada no Journal of American College of Cardiology. Doença vascular crônica e progressiva, que geralmente aparece em adultos e idosos, a aterosclerose é uma inflamação da camada mais interna das artérias, também chamada de túnica íntima – justamente a parte que fica em contato direto com o sangue. Essa inflamação ocorre como consequência do acúmulo e oxidação de lipoproteínas nas paredes arteriais.

“Este é o primeiro estudo a mostrar que o sono objetivamente medido é independentemente associado à aterosclerose em todo o corpo, não apenas no coração”, afirma o professor e nutricionista José Ordovás, pesquisador do Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares Carlos III, de Madri, e diretor de nutrição do Centro de Pesquisa de Nutrição Humana Jean Mayer USDA Envelhecimento na Universidade Tufts, em Massachussetts.

Ele lembra que estudos anteriores já mostraram que a falta de sono aumenta o risco de doenças cardiovasculares, bem como favorecem os fatores de risco para problemas cardíacos – como alterações nos níveis de glicose, pressão arterial, inflamações e obesidade.

Considerados os fatores de risco tradicionais para doenças cardíacas, o estudo mostrou que os que dormem menos de seis horas têm 27% mais chance de ter aterosclerose em todo o corpo do que aqueles que dormem de sete a oito horas. E aqueles que têm um sono de má qualidade estão 34% mais propensos a ter a doença em comparação aos que dormem bem – o estudo avaliou a qualidade do sono considerando quantas vezes por noite a pessoa acordou e a frequência de movimentos enquanto estava dormindo.

“É importante destacar isso: um sono mais curto, porém de boa qualidade, pode superar os efeitos prejudiciais de sua menor extensão”, comenta o cardiologista Valentin Fuster, diretor-geral do Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares Carlos III e editor-chefe do Journal of American College of Cardiology.

“Há duas coisas que costumamos fazer todos os dias: comer e dormir. Sabemos há muitos anos a relação entre boa nutrição e saúde cardiovascular; no entanto, não sabemos tanto a relação entre o sono e a saúde cardiovascular”, acrescenta Ordovás.

Metodologia

Os pesquisadores monitoraram a rotina de 3.974 adultos espanhóis, todos empregados em uma mesma instituição bancária – ou seja, com rotinas profissionais semelhantes. O cardiologista Fuster realizou exames de imagem para detectar a prevalência e as taxas de progressão de lesões vasculares.

Os participantes da pesquisa tinham idade média de 46 anos e todos nunca haviam sido diagnosticados com problemas cardíacos. Dois terços eram homens. Todos utilizaram um aparelhinho para monitoramento constante de atividades e movimentos, durante sete dias. Este dispositivo mediu a rotina de sono deles de uma maneira objetiva e precisa – ao contrário de pesquisas que se baseiam em questionários declaratórios.

Eles foram divididos em quatro grupos: os que dormiam menos de seis horas, os que dormiam de seis a sete horas, os que dormiam de sete a oito horas e os que dormiam mais de oito horas. Todos os participantes realizaram um check-up do coração: ultrassonografia cardíaca 3D e tomografia computadorizada cardíaca.

Segundo os pesquisadores, a maneira como foram determinados os participantes deste estudo é o grande diferencial em relação a outras pesquisas relacionando sono e saúde do coração. Primeiramente, pelo tamanho da amostragem, maior do que o usual. Outra característica interessante foi o fato de que este estudo focou uma população originalmente saudável, enquanto pesquisas assim costumam selecionar pessoas com apneia do sono ou outros problemas.

Outras conclusões

Se dormir pouco pode ser ruim, exagerar também não é um bom hábito. Embora entre os participantes fosse pequeno o número daqueles que dormem mais de oito horas, os pesquisadores concluíram que esse comportamento também estaria associado ao aumento na aterosclerose, sobretudo no caso das mulheres.

O estudo também concluiu que consumo de álcool e cafeína estão ligados a um sono de má qualidade. “Muitas pessoas acham que o álcool é um bom indutor de sono, mas há um efeito que precisa ser levado em conta”, afirma Ordovás. “Se uma pessoa toma bebidas alcoólicas, ela pode acordar depois de um curto período de sono e ter dificuldade em voltar a dormir. E, quando consegue, geralmente é um sono de má qualidade.”

O café, por sua vez, é daquelas substâncias que ora aparecem como vilãs, ora como benéficas para a saúde. De acordo com Ordovás, mesmo que algumas pesquisas mostrem que ingerir a bebida pode trazer efeitos positivos ao coração, tudo depende da maneira como a pessoa o metaboliza. “Dependendo da genética, se você metabolizar o café mais rapidamente, isso certamente não afetará seu sono”, comenta. “Mas se você metabolizá-lo lentamente, a cafeína pode afetar o sono e aumentar as chances de doenças cardiovasculares.”

“A medicina está entrando em uma fase fascinante. Se até agora tentávamos entender as doenças cardiovasculares, estudos como este nos ajuda a começar a entender a saúde cardiovascular”, compara Fuster.

Fonte: Edison VeigaDe Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil, em 14/01/2019.

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Você sabia que crianças e adolescentes que passam mais tempo em espaços fechados e menos tempo ao ar livre correm um risco maior de desenvolver a miopia?

2018/09/20   admin

Foto EBC.

Estima-se que hoje as crianças passam mais de cinco horas vendo TV ou usando dispositivos eletrônicos em casa. Somando o período que elas passam na escola, podemos dizer que praticamente o tempo gasto em espaços abertos é mínimo.

Porém, estudos recentes apontaram que a falta de exposição à luz solar é um fator de risco importante para o desenvolvimento da miopia ou para a progressão deste erro refrativo em quem já tem o diagnóstico.

A explicação é que a exposição aos raios solares estimula a produção da dopamina, um neurotransmissor que previne que o olho cresça alongado, o que leva à distorção do foco de luz que entra no globo ocular, causando a miopia. Além disso, lugares abertos ajudam a treinar a visão de longe.

De acordo com a oftalmopediatra, Dra. Marcela Barreira, outra descoberta importante ligada às atividades ao ar livre é que a dopamina é produzida durante o dia, sendo o neurotransmissor responsável por dar o comando para o olho mudar da visão diurna para a visão noturna. “A pouca exposição à luz solar interrompe esse ciclo, causando modificações no crescimento do olho, outro fator de risco para desenvolver a miopia’, comenta Dra. Marcela.

Casos de miopia aumentam em todo o mundo

Segundo a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), estima-se que em 2050 cerca de metade da população mundial será míope. Isso significa que se nada for feito, haverá um aumento de 83% dos casos de miopia nos próximos 34 anos. “Atualmente, a prevalência da miopia é de 11% a 36%.

“Como o desenvolvimento visual ocorre na infância, até por volta dos 7 anos, é fundamental atuar na prevenção do problema, assim como levar as crianças ao oftalmopediatra ainda no primeiro ano de vida”, ressalta Dra. Marcela.

Miopia não é só hereditária

A miopia tem um fator genético importante, pois algumas pessoas nascem com uma predisposição maior de serem míopes. “Mas, de acordo com a exposição aos fatores de risco, como leitura excessiva, uso prolongado de equipamentos eletrônicos e pouca exposição à luz solar, a miopia pode ou não se desenvolver”, explica Dra. Marcela.

Um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que carregavam a variante do gene chamado APLP2, ligado à miopia, tinham cinco vezes mais chance de desenvolver a condição na adolescência quando submetidos a uma hora ou mais de leitura na infância, por dia. Já as pessoas com o mesmo gene que gastaram menos tempo em atividades que precisam da visão de perto, não tinham o risco adicional de se tornarem míopes.

Dicas

Como tudo na vida, vale sempre usar o bom senso. Naturalmente, é preciso estimular as crianças a se dedicarem à vida escolar e à leitura, desde que as atividades ao ar livre também façam parte do dia a dia.

“A atividade física é o estímulo ideal, pois influencia não só na prevenção da miopia, como também ajuda a criança a manter o peso, controlar os níveis de açúcar, a pressão arterial, além da influência no desenvolvimento motor, cognitivo e na interação social, entre outros benefícios. O ideal é passar de duas a três horas por dia em ambientes externos, o que pode incluir brincadeiras, esportes, lazer, caminhadas de ida e volta da escola, passeios com o cachorro, entre outros”, recomenda a oftalmopediatra.

“A miopia pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou cirurgia, porém nenhuma dessas terapias irá corrigir o alongamento do globo ocular. Quando o grau da miopia é alto, acima de 6, a deformação do globo ocular aumenta o risco de desenvolver condições como o descolamento de retina, catarata e glaucoma, por exemplo”, conclui Dra. Marcela.

Fonte: Leda Sangiorgio. Publicado no EcoDebate, ISSN 2446-9394, 20/09/2018.

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5 hábitos que podem acrescentar mais de uma década à expectativa de vida

2018/05/07   admin

GETTY IMAGES – Fazer exercício moderado por ao menos 30 minutos diariamente ajuda a viver mais, segundo estudo.

Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, analisaram prontuários de 123 mil voluntários americanos, com históricos médicos que abrangem 34 anos, e chegaram à conclusão de que é possível ganhar mais de uma década de vida.

Com essa pesquisa, os acadêmicos mediram o impacto que determinados comportamentos podem ter sobre a expectativa de vida ou contribuir para o risco de morte prematura. Os resultados são surpreendentes.

Hábitos que são velhos conhecidos

Os especialistas confirmaram que certos hábitos têm um “impacto enorme” na longevidade, segundo descreveu Maeir Stampfer, coautor do estudo e professor de Epidemiologia e Nutrição da Escola de Saúde Pública de Harvard.

Ainda que a pesquisa esteja limitada aos EUA, Stampfer diz que os resultados se aplicam a grande parte da população ocidental. Os dados foram publicados inicialmente na revista especializada Circulation.

Os cinco hábitos identificados para a longevidade são:

1. Não fumar

2. Manter um peso saudável, com um Índice de Massa Corporal (peso dividido pela altura ao quadrado) entre 18,5 e 25

3. Fazer exercícios moderados por pelo menos 30 minutos ao dia

4. Moderação no consumo de bebidas alcoólicas – não mais que uma taça de vinho com 150ml ao dia, por exemplo

5. Alimentação variada e balanceada, com pouca gordura saturada, carne vermelha e açúcar

Comparados a pessoas que não seguem esses hábitos saudáveis, mulheres adultas têm uma esperança de vida maior de 14 anos; e homens, de 12 anos.

Os pesquisadores compararam os anos de esperança de vida de voluntários com 50 anos de idade. Uma mulher americana de 50 anos que não segue nenhum dos cinco hábitos saudáveis pode viver mais 29 anos. Isso significa que a maioria delas morre aos 79.

Em contrapartida, uma mulher de 50 que não fuma, mantém um peso considerado saudável, faz exercícios moderados diariamente, bebe pouco e tem uma alimentação balanceada pode chegar aos 93 anos.

A mesma projeção para os homens de 50 anos indica que os que não seguem os cinco hábitos vão viver até os 76 anos, enquanto os demais chegam aos 88 anos.

Nunca é tarde para mudar

Ao analisar os resultados, os pesquisadores descobriram uma relação positiva entre estilos de vida saudáveis de cada indivíduo e a redução de risco de morte prematura.

Segundo Stampfer, adultos podem ficar presos em um círculo de maus hábitos e achar que é tarde demais para mudar. Mas o que esse estudo sugere é que, se as pessoas quiserem fazer mudanças, os benefícios podem ser “notáveis” em qualquer idade.

Os cientistas, no entanto, não dizem por quanto tempo é necessário adotar esse estilo de vida mais saudável para que tenha impacto real e aumente a expectativa de vida.

Os EUA têm uma expectativa de vida mais curta que a maioria dos grandes países – 79,3 anos – e, em 2015, o país ocupava o 31º lugar no ranking mundial.

“Esse estudo salienta a importância de seguir hábitos saudáveis para melhorar a longevidade da população americana”, disse Frank Ju, diretor do departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard.

No entanto, diz Ju, ainda é muito pequeno o número de pessoas que adotam um estilo de vida saudável. “É por isso que precisamos de políticas públicas que enfatizem mais a promoção de estilos benéficos à saúde”, diz o cientista.

Fonte: BBC Brasil, em 02/05/2018.

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Os alimentos orgânicos proporcionam benefícios ambientais significativos para dietas ricas em frutas e vegetais

2018/02/19   admin

O estudo de mais de 34 mil pessoas é o primeiro a investigar os impactos ambientais das escolhas alimentares e dos sistemas de produção agrícola<

Um novo estudo importante confirma que uma dieta rica em frutas e vegetais é melhor para o planeta do que uma alta em produtos de origem animal. O estudo também descobre que os alimentos orgânicos proporcionam benefícios climáticos significativos e adicionais para dietas à base de plantas, mas não para dietas com apenas contribuição moderada de produtos vegetais.

Publicado no jornal de acesso aberto Frontiers in Nutrition , este é o primeiro estudo a investigar os impactos ambientais dos padrões alimentares e dos sistemas de produção agrícola. Também é o primeiro a investigar o impacto ambiental do consumo de alimentos orgânicos usando dietas observadas em vez de modelos.

Muitas organizações, incluindo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, defendem a adoção urgente de dietas mais sustentáveis em nível global. Essas dietas incluem consumo reduzido de produtos de origem animal, que têm um impacto ambiental maior do que os produtos à base de plantas. Isto deve-se principalmente aos elevados requisitos de energia da pecuária, bem como à grande contribuição do gado para as emissões de gases de efeito estufa. A produção de gado intensivo também é responsável pela perda significativa de biodiversidade devido à conversão de habitats naturais em pastagens e culturas alimentares.

O método de produção de alimentos também pode influenciar dietas sustentáveis. A agricultura orgânica geralmente é considerada mais ecológica do que outras técnicas modernas de produção. No entanto, embora muitos estudos tenham investigado dietas ambientalmente sustentáveis, raramente consideraram escolhas dietéticas e o método de produção dos alimentos consumidos.

“Nós queríamos fornecer uma visão mais abrangente de como dietas diferentes afetam o meio ambiente”, diz Louise Seconda, da Agência Francesa do Ambiente e da Maitrise De L’Energie e da Unidade de Pesquisa em Epidemiologia Nutricional, um dos autores do artigo. “Em particular, é de considerável interesse considerar os impactos tanto de alimentos à base de plantas quanto de alimentos orgânicos”.

Para fazer isso, os pesquisadores obtiveram informações sobre ingestão de alimentos e consumo de alimentos orgânicos de mais de 34 mil adultos franceses. Eles usaram o que é chamado de “provegetarian” para determinar as preferências para os produtos alimentares baseados em plantas ou baseados em animais. Os pesquisadores também realizaram avaliações de impacto ambiental do ciclo de vida de produção no nível da fazenda em relação a três indicadores ambientais: emissões de gases de efeito estufa, demanda de energia cumulativa e ocupação da terra.

“Combinando dados de consumo e produção agrícola, descobrimos que, em geral, os impactos ambientais relacionados à dieta foram reduzidos com uma dieta baseada em plantas – particularmente emissões de gases de efeito estufa”, diz Louise Seconda. “O consumo de alimentos orgânicos adicionou ainda mais benefícios ambientais para uma dieta baseada em plantas. Em contrapartida, o consumo de alimentos orgânicos não adicionou benefícios significativos a dietas com alta contribuição de produtos de origem animal e apenas contribuição moderada de produtos vegetais”.

No entanto, os pesquisadores advertem que os efeitos ambientais dos sistemas de produção não são uniformes e podem ser afetados pelo clima, os tipos de solo e o manejo da fazenda.

“Nós não olhamos para outros indicadores, como uso de pesticidas, lixiviação e qualidade do solo, que são relevantes para os impactos ambientais dos sistemas de produção”, diz Louise Seconda. “Portanto, estudos futuros também podem considerar estes, bem como a cadeia de suprimentos e os impactos de distribuição da produção de alimentos”.

Os autores também dizem que será importante realizar estudos adicionais para confirmar esses resultados e expandir a nossa compreensão de como todo o ciclo de vida da produção de alimentos afeta a sustentabilidade.

Referência:

Environmental Impacts of Plant-Based Diets: How Does Organic Food Consumption Contribute to Environmental Sustainability?
Front. Nutr., 09 February 2018 | https://doi.org/10.3389/fnut.2018.00008
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnut.2018.00008/full?utm_source=G-PRS&utm_medium=WEXT&utm_campaign=ECO_FNUT_20180205_organic-food

Fonte: Frontiers in Nutrition*

*Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.

Publicado pelo EcoDebate, ISSN 2446-9394, 16/02/2018.

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Meta de andar 10 mil passos por dia para melhorar a saúde funciona?

2018/02/02   admin

Ao caminhar de maneira mais intensa, o coração bate mais rápido, e isso é melhor para a saúde.

Você já esbarrou em alguém na rua que olhava ansiosamente para o pulso? Quase 60 anos depois do surgimento da recomendação de se caminhar 10 mil passos por dia, muita gente ainda usa o esse número “mágico” como meta diária de exercício – contando, inclusive, com a ajuda da tecnologia, como o relógio que registra a caminhada, para monitorá-la de perto.

Mas este é realmente um objetivo pelo qual que vale se empenhar ou pode haver algo melhor? E de onde saiu esse número?

Curiosamente, ele tem como origem uma campanha de marketing do Japão dos anos 1960.

Na preparação para a Olimpíada de 64, em Tóquio, uma empresa criou um dispositivo voltado aos consumidores preocupados com a saúde. Ele era chamado de Manpo-Kei. Em japonês, “man” significa 10 mil e “po” e “kei”, medidor. Literalmente, a expressão significa “medidor de 10 mil passos”.

O aparelho foi um dos primeiros podômetros, baseado no trabalho do dr. Yoshiro Hatano, um jovem acadêmico da Universidade Kyushu de Saúde e Bem-Estar.

A motivação de Hatano eram as recentes mudanças de hábito que ele percebia nos japoneses – que estariam “importando” o estilo de vida pouco ativo dos americanos junto com o apreço crescente que sentiam pelo baseball. O cientista queria, então, incentivá-los a se movimentarem mais.

E concluiu que, se pudesse persuadir seus compatriotas a aumentarem o número diário de passos da média de 4 mil para cerca de 10 mil, eles queimariam cerca de 500 calorias a mais por dia e continuariam saudáveis.

Foi assim, aparentemente, que o método dos 10 mil passos por dia surgiu.

A novidade foi um grande sucesso de marketing na época, mas ela ainda é efetivamente o melhor jeito de manter nossa saúde física?

Só no tricô

Para o programa “A Verdade sobre entrar em forma”, fui a uma fábrica em Sheffield (no condado de South Yorkshire) acompanhado do professor Rob Copeland, da Universidade Sheffield Hallam.

Nosso objetivo era fazer um pequeno experimento para comparar os benefícios dos 10 mil passos com outro método, um programa chamado Active 10.

Com o Active 10, não é preciso contar os passos, mas fazer três caminhadas intensas de 10 minutos por dia.

Todas as pessoas que participaram do experimento têm motivos diferentes para quererem ficar em forma.

Dave, por exemplo, sabe que ganhou peso e não tem mais o físico que costumava ter. Judy confessa: “Minha única atividade no momento é tricotar”.

E Nathan, pai de uma menina de seis anos, diz que a filha corre rápido e que não consegue acompanhá-la.

Nosso pequeno grupo de voluntários foi equipado com monitores de atividades, então foi possível saber não apenas o que estavam fazendo, mas também o quanto de energia gastavam nelas.

Copeland os dividiu em dois grupos. Um que teria que cumprir a meta diária de 10 mil passos – cerca de 8,5 km -, enquanto o outro faria as três sessões do Active 10, com mais ou menos 3 mil passos cada uma.

O pesquisador recomendou ao segundo grupo que não caminhasse devagar. A ideia era andar rápido – não tanto que os impedisse de falar, mas o suficiente para que não pudessem cantar -, para trabalhar o sistema cardiorrespiratório.

Passos rápidos

Os resultados mostraram que dois dos três voluntários do grupo 1 conseguiram atingir a meta de 10 mil passos diários, mas todos tiveram dificuldade.

Já o grupo do Active 10 achou a tarefa relativamente fácil. Seus integrantes combinaram de se encontrar em momentos de pausa durante o dia e faziam as caminhadas rápidas juntos.

O professor Copeland analisou os dados dos monitores de atividades e disse que os resultados foram claros.

“O grupo do Active 10 fez 30% a mais de atividadade física moderada a vigorosa do que o dos 10 mil passos, mesmo que tenha sido por menos tempo. E é quando você está fazendo atividade com intensidade moderada que obtém os melhores benefícios para a saúde”, diz ele, já que há aumento da frequência cardíaca com a respiração ofegante.

“O que eu realmente quero é que vocês aumentem o batimento cardíaco. Há evidências que sugerem que, ao fazer isso, diminui-se o risco de diabetes, doenças cardiovasculares e de incidência alguns tipos de câncer”, diz Copeland.

A fórmula criada pelo dr. Hatano nos anos 1960 ainda funciona, especialmente se servir de incentivo para os sedentários – mas, para muita gente, a constatação de que caminhadas curtas podem ser ainda mais eficientes é bastante motivadora.

Fonte: Michael Mosley, BBC em 31/01/2018.

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Especialista alerta para consumo excessivo e desregulado de melatonina no Brasil

2018/01/31   admin

Melatonina não tem registro no Brasil, mas pode ser comercializada graças a decisão judicial.

A melatonina, substância conhecida por sua função de induzir o sono, não tem registro no Brasil como medicamento. No entanto, pode ser encontrada desde 2017 em farmácias de manipulação após uma decisão judicial contrariar resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e autorizar sua importação. Seu consumo tem sido considerado excessivo por especialistas, que apontam os riscos de efeitos colaterais.

“É muita gente tomando e muito médico prescrevendo”, afirma José Cipolla Neto, professor de fisiologia no Instituto de Ciências Biomédicas da USP e pesquisador sobre os efeitos fisiológicos e mecanismos de ação da melatonina.

Trata-se de um hormônio naturalmente produzido pela glândula pineal, uma pequena glândula endócrina localizada próxima da região central do cérebro. O papel mais comum da melatonina é sinalizar para os órgãos humanos que a noite chegou e preparar o organismo para adormecer. Por isso, é comumente usada por insones para melhorar a qualidade do sono.

Mas a substância também tem papel no controle da ingestão alimentar, na síntese e na ação da insulina nas células, entre outros. Por seu efeito variado, o hormônio caiu no gosto de pessoas em diversos países.

Na internet, é ofertado para auxiliar no emagrecimento, no combate ao diabetes, no controle de enxaqueca e até mesmo na proteção contra os danos do mal de Alzheimer – embora não haja consenso científico sobre esses supostos benefícios.

Apesar de necessária ao organismo, a substância tem contraindicações. De acordo com a Anvisa, “há riscos associados à utilização da melatonina que não podem ser ignorados”: o consumo de medicamentos contendo a substância pode causar inchaço da pele, boca ou língua, perda de consciência, depressão, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, aumento da pressão arterial e função anormal do fígado, entre outros problemas.

Abuso

Mas as possíveis efeitos negativos do consumo do hormônio não espantam interessados. Somente nos Estados Unidos, onde o produto é vendido como suplemento alimentar e pode ser encontrado em grandes supermercados, pelo menos 3 milhões de pessoas consomem a substância frequentemente.

De acordo com estimativas do Centro Nacional para Saúde Complementar e Integrada do governo americano, o uso de melatonina mais que dobrou entre 2007 e 2012, mesmo com a ausência de informações suficientes sobre seus efeitos no longo prazo nem consenso sobre sua eficácia como indutora do sono.

No Brasil, a Anvisa diz não ter dados de consumo ou de venda. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), que responde pelas farmácias de manipulação, disse que também não tem estimativas.

Para Cipolla Neto, o cenário é de uso em excesso e, em alguns casos, de abuso. “Nos EUA tem muita gente tomando indiscriminadamente, o que é uma tragédia, e nós estamos indo para esse mesmo cenário aqui”, diz. Segundo ele, a liberação de um medicamento nacional ajudará a Anvisa a ter mais controle sobre o consumo.

“A questão é criar (a percepção de) que não é uma balinha e que precisa ser administrada de forma adequada. Do contrário, pode trazer consequências sérias”, afirma.

Com receita

No Brasil, pacientes podem comprar formulações preparadas pelas farmácias de manipulação, desde que com receita médica. De acordo com a Anfarmag, os remédios manipulados podem ser preparados em cápsulas ou em formas farmacêuticas líquidas. Não há padrão para as doses, que são definidas pelos médicos caso a caso.

Desde 2017, esses estabelecimentos compram o insumo farmacêutico ativo da empresa Active Pharmaceutica Ltda. – ME, que vem importando a substância para o Brasil após vencer ação contra a Anvisa e conseguir a liberação de maneira judicial.

Em nota, a Anvisa disse que resolução do órgão proíbe “a importação e comercialização de insumos farmacêuticos destinados à fabricação de medicamentos que ainda não tiverem a sua eficácia terapêutica avaliada” pela agência e que “não é possível comercializar melatonina como insumo farmacêutico ativo no Brasil”.

Questionado sobre a atividade da Active Pharmaceutica Ltda. – ME, o órgão não respondeu se recorreu ou se irá recorrer da decisão.

De acordo com a agência, medicamentos só recebem registro no país após ensaios clínicos comprovarem sua segurança e eficácia. No momento, pelo menos um laboratório brasileiro faz ensaios clínicos com a melatonina.

Em agosto de 2016, o Aché Laboratórios Farmacêuticos recebeu o aval da agência para fazer testes com o fármaco. Questionada sobre quando espera submeter resultados a Anvisa e se espera desenvolver um produto comercial a partir dos estudos, a empresa não respondeu.

Indicações e riscos

A melatonina começa a ser produzida pelo organismo por volta das 20h, e uma das primeiras sensações que provoca é a de sono. Seus efeitos, contudo, também são sentidos no metabolismo, que se modifica para entrar em jejum; no sistema cardiovascular, que irá reduzir a pressão arterial; e na temperatura corpórea, entre outros, para o corpo adentrar o sono.

Porém, se tomada em excesso e fora do horário de produção natural pelo organismo, pode desencadear doenças crônicas, como diabetes. “A quantidade que precisa ser administrada para o paciente no começo da noite não pode ser grande o suficiente para permanecer (no organismo) durante o dia. Do contrário, pode trazer resistência insulínica pela manhã para o indivíduo, o que significa iniciar o desenvolvimento de um quadro diabético”, explica Cipolla Neto.

Uma das indicações comuns da melatonina é para idosos. O envelhecimento reduz naturalmente a produção da substância e, nesses casos, é recomendada a sua reposição. “Após certa idade, a glândula pineal reduz a produção de melatonina, às vezes até 20% do que quando jovem”, afirma o médico.

No entanto, pessoas jovens vêm usando o medicamento cada vez mais cedo, em parte para combater a insônia crescente, exacerbada pela exposição prolongada a equipamentos eletrônicos. “A produção normal de melatonina só existe em condição de noite escura”, explica.

Porém, a presença da luz azul em celulares e computadores sinaliza ao organismo que ainda é dia e, com isso, pode atrasar a produção do hormônio, gerando dificuldades para dormir. “A sociedade está ficando acostumada a isso, com pessoas reduzindo a produção de melatonina.”

Pesquisa

Ao mesmo tempo, na USP de Ribeirão Preto, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas estuda outras aplicações para a melatonina. Uma das linhas de pesquisa é o uso do hormônio em doses terapêuticas para evitar lesões cardiovasculares em pacientes portadores da doença de chagas.

O mal é transmitido a partir do contato com as fezes dos insetos vetores, conhecidos como “barbeiro”, e pode virar uma condição crônica. A consequência mais grave são lesões no coração, causadas pela resposta imunológica do organismo – as células de defesa agem de maneira intensa para exterminar o parasita causador da doença, mas também machucam o órgão.

“A melatonina age nas nossas células brancas e promove resposta inflamatória potente”, explica José Clóvis do Prado Júnior, professor-associado do Departamento de Análises Clínicas Toxicológicas e Bromatológicas da faculdade.

A substância também induz uma resposta imunológica anti-inflamatória e ajuda a proteger o coração na fase crônica da doença de chagas, explica o pesquisador. “Fizemos controle de paciente chagásico com e sem melatonina. Naqueles que receberam a melatonina, os marcadores de lesão cardíaca mostravam lesões menores”, diz.

O estudo foi feito com animais e testes clínicos com humanos devem ser feitos em breve. Prado Júnior espera que pesquisas como a sua, que comprovem os benefícios da melatonina, auxiliem na liberação da substância no país. “Se essas pesquisas mostrarem benefícios no paciente chagásico, acredito que a Anvisa irá liberar.”

Para o pesquisador, ainda há muito a ser descoberto sobre o hormônio, alvo de ensaios entre médicos gregos ainda no século 1.

“A melatonina é quem regula tudo, a hora que cada hormônio deve entrar em ação. Filósofos antigos (Descartes) achavam que a glândula pineal era a sede da alma humana porque ela que conduzia os ritmos do organismo. E é ali que está a produção da melatonina.”

Fonte: BBC Brasil, Keila Guimarães, em 29/01/2018.

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6 indicadores em que os EUA estão no mesmo nível dos países subdesenvolvidos

2017/12/06   admin

GETTY IMAGES Moradora de rua pede dinheiro nas ruas de San Francisco, nos EUA; dados revelam um país de contrastes.

“Estamos nos tornando um país do terceiro mundo”, disse Donald Trump em 16 de junho de 2015, quando anunciou sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos.

A afirmação, que Trump repetiu em outras ocasiões durante o quase um ano e meio da campanha eleitoral, baseou-se no desempenho dos EUA em indicadores da educação na comparação mundial – algo apontado como exagerado por seus críticos.

No entanto, a realidade é que há vários indicadores de desenvolvimento social em que os Estados Unidos aparecem atrás na comparação com outros países ricos – e, às vezes, lado a lado com países em desenvolvimento.

O assunto é alvo de debates no país, onde especialistas e cidadãos diferem em sua avaliação sobre a situação dos pobres no país.

Um estudo do Centro de Pesquisas Pew aponta, por exemplo, que a maioria dos americanos de classe média e alta concorda com a ideia de que “os pobres hoje vivem situação mais fácil porque podem receber benefícios do governo sem fazer nada em troca”.

Por outro lado, dois terços dos cidadãos de baixa renda concordam com a afirmação de que “os pobres têm uma vida difícil porque os benefícios sociais não são suficientes para ajudá-los a viver uma vida decente”.

A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, listou alguns dos indicadores que colocam em xeque os níveis de desenvolvimento e bem-estar nos Estados Unidos.

1. Expectativa de Vida

O relatório mais recente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) indica que a expectativa de vida dos americanos é de 79,2 anos.

GETTY IMAGES Indicadores de qualidade de vida das famílias afro-americanas são, em média, inferiores aos das famílias brancas.

Esse dado coloca o país como o 40º do mundo, atrás de um conjunto de países desenvolvidos mas também de alguns países latino-americanos, como Chile, Costa Rica e Cuba – essa não é, no entanto, a realidade da comparação com o Brasil, onde a expectativa de vida é de 74,7 anos.

O país líder nesse indicador é o Japão, com 83,7 anos, e o lanterna é a Suazilândia, com 48,9 anos.

Mas, assim como no Brasil, essas médias nacionais variam consideravelmente quando segmentadas por escolaridade e raça.

Nos EUA, enquanto a expectativa de vida de um homem branco com educação universitária é de 80 anos, a de um homem afro-americano com baixa escolaridade é de 66 anos, segundo pesquisas do Centro Nacional sobre a Pobreza nos Estados Unidos (NPC, na sigla em inglês).

“O problema nos Estados Unidos é que o bem-estar é incrivelmente estratificado”, explicou à BBC Mundo um dos autores do estudo, Luke Shaefer, professor e diretor da Iniciativa para a Solução da Pobreza da Universidade de Michigan, nos EUA.

“O país aparece muito bem se você compara o estrato superior da sociedade americana com os países ricos. A questão é a incrível diferença no bem-estar entre os pobres e os americanos com mais recursos”, aponta, acrescentando que, em 2008, a expectativa de vida para os homens afro-americanos sem educação superior era equivalente à dos cidadãos do Paquistão, Butão e Mongólia.

2. Mortalidade Infantil

Os números sobre mortalidade infantil – o número de crianças que morrem por mil nascidos vivos – é outro indicador clássico do bem-estar social.

De acordo com o relatório mais recente do Pnud, que utiliza dados de 2015, esse indicador é de 5,6 nos EUA. Isso o coloca no 44º lugar do mundo, novamente superado pelos países ricos como um todo, bem como por Cuba, Bósnia e Croácia.

Nesse caso, as diferenças sociais dentro dos Estados Unidos também são evidentes. De acordo com Shaefer, em 2011, a taxa de mortalidade infantil entre os afro-americanos era semelhante à de Togo e da Ilha de Granada.

O bem-estar das crianças americanas também é colocado em xeque quando são considerados indicadores de pobreza infantil.

De acordo com um estudo do Unicef de 2012, que comparou a situação de crianças em 35 países de economia avançada, os Estados Unidos apareceram no penúltimo lugar – antes apenas da Romênia.

O indicador de pobreza infantil relativa, que mede a porcentagem de crianças que vivem em uma família cuja renda – ajustada ao tamanho e à composição da família – é inferior a 50% da renda média nacional, registrou 23,1% das crianças americanas nesta situação.

GETTY IMAGES EUA têm nível de pobreza infantil mais alto do que países ricos europeus.

3. Mortalidade Materna

Desde o início deste século, os Estados Unidos registraram um aumento nos índices de mortalidade materna, cuja taxa passou de 17,5 mortes por mil nascimentos em 2000 para 26,5 em 2015, de acordo com um estudo publicado na revista científica The Lancet em janeiro deste ano.

É um fenômeno que vai na contramão das tendências no restante do mundo industrializado, onde houve um declínio no mesmo período. Esse foi o caso, por exemplo, do Japão (de 8,8 para 6,4), Dinamarca (de 5,8 para 4,2), Canadá (de 7,7 para 7,3) e França (de 11,7 para 7,8).

Além disso, o número registrado nos Estados Unidos é superior ao da Costa Rica (24,3), da China (17,7), do Vietnã (15,6) e do Líbano (15,3).

Nesse caso, há também uma clara desigualdade nos Estados Unidos: a taxa de mortalidade materna entre mulheres brancas é de 13, mas entre as afro-americanas é de 44.

4. Taxa de Homicídios

A segurança pessoal, a possibilidade de proteger a própria vida, é considerada outro elemento básico do bem-estar social.

De acordo com o relatório mais recente do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC), os Estados Unidos registram uma taxa de homicídio de 4,88 óbitos por 100 mil pessoas, o que o coloca em 59º lugar no mundo.

GETTY IMAGES Taxa de homicídios nos Estados Unidos é muito maior do que em outros países industrializados.

Esse número contrasta com o de países europeus, como Áustria (0,51) ou Holanda (0,61), mas também com o Canadá (1,68) e até a Albânia (2,28), Bangladesh (2,51) e Chile (3,59, de acordo com dados de 2014, os mais recentes).

No estudo publicado pelo Centro Nacional sobre a Pobreza, Shaefer sugere analisar não os dados nacionais de homicídios, mas sim a situação individual das cidades americanas com mais de 200 mil habitantes e taxa de pobreza de 25%.

Nelas, o número de homicídios aumenta para 24,4 (de acordo com dados de 2012), situação ligeiramente melhor que a da Colômbia (26,5) e do Brasil (26,74) – mas muito pior do que a Argentina (6,53), o Peru (7,16) e o Uruguai (8,42).

5. Gravidez na Adolescência

Além de representar um risco para a saúde das mulheres jovens, a gravidez na adolescência é frequentemente associada à vulnerabilidade.

GETTY IMAGES Embora números tenham caído nos últimos anos, EUA ainda têm índices altos de gravidez na adolescência.

Segundo dados do Banco Mundial para 2015, os EUA registram uma taxa de 21 nascimentos desse tipo para cada mil mulheres entre 15 e 19 anos de idade – colocando o país no 68º lugar do mundo, mesmo nível de Djibouti e Aruba, e bem acima da média de países com altos níveis de renda.

Outros países ricos têm números bem mais baixos, como Japão (4), Alemanha (6) e França (9). No Brasil, a taxa é de 67.

6. Educação

Os EUA são sede de dezenas das melhores universidades do mundo. Mas isso não significa que a formação média dos americanos esteja à altura desses centros de excelência.

De acordo com um estudo realizado no âmbito do Programa Internacional para Avaliação de Competências (PIAAC, na sigla em inglês), entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país teve uma performance considerada medíocre.

A pesquisa mediu três níveis educacionais diferentes em termos de capacidade de leitura e habilidade numérica: pessoas que não completaram o ensino médio, indivíduos com ensino médio completo e outros com pelo menos dois anos de ensino universitário cursado.

Participaram da análise pouco mais de 20 países: Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, Países Baixos, Noruega, Polônia, Coréia do Sul, Eslováquia, Espanha, Suécia, Estados Unidos, Bélgica e Reino Unido.

Taxa de gravidez na adolescência

No teste sobre a capacidade de leitura, entre aqueles que não haviam terminado o ensino médio, os americanos ficaram entre os cinco países com os piores resultados; entre aqueles que completaram esse nível de estudos, o país ficou abaixo da média de todos.

No caso de pessoas que tinham começado a cursar a universidade, os americanos ficaram acima de oito países, empataram com outros seis – mas foram ultrapassados ​​por sete nações.

Além disso, os Estados Unidos registraram a maior diferença entre os resultados obtidos por aqueles que não terminaram o Ensino Médio e aqueles que têm pelo menos dois anos de ensino universitário.

Na avaliação das habilidades numéricas, os americanos ficaram consistentemente abaixo da média da OCDE nos três níveis educacionais estudados. Além disso, o país ficou na lanterna em dois níveis: entre os que não terminaram o ensino médio e aqueles que concluíram esta etapa.

Para aqueles que completaram pelo menos dois anos de ensino superior, os EUA superaram a Espanha e a Itália e se igualaram a outros cinco países – ficando atrás de 15 outras nações.

As causas das diferenças em relação aos países ricos

Ao explicar por que os EUA registram indicadores de desenvolvimento tão significativamente abaixo de outros países ricos, Shaefer aponta para as peculiaridades da rede de assistência social no país.

“Os Estados Unidos sempre tiveram uma rede de segurança social menos generosa. Os programas sociais visam os pobres, em vez de serem benefícios universais, como é o caso em muitos outros países industrializados onde, além disso, você não possui essas enormes disparidades de riqueza que temos aqui”, explica.

Shaefer publicou o livro Dois dólares por dia: vivendo com quase nada nos Estados Unidos, no qual acompanhou famílias americanas que sobreviviam com cerca R$ 6,4 (em valores atuais) por dia por pessoa.

“O que faz diferença nos Estados Unidos é que muitos deles também têm seguro de saúde e cupons de comida, mas não têm dinheiro em espécie. O que você faz nos EUA quando você não tem dinheiro para pagar a energia elétrica ou as coisas que você precisa em uma entrevista de emprego? Em 2011, havia 1,5 milhão de famílias e mais de 3 milhões de crianças nos Estados Unidos que viviam assim”, afirma.

No entanto, essa visão sobre a pobreza no país e as falhas do sistema de assistência social não é compartilhada por todos.

Um estudo da Fundação Heritage questionou a validade dos dados do Censo dos Estados Unidos – que estimou haver quase 15 milhões de crianças vivendo na pobreza em 2014. Para a fundação, esses dados não levavam em conta muitos dos benefícios sociais que as famílias dessas crianças recebiam do Estado.

Para a instituição, famílias com crianças oficialmente listadas em estatísticas de pobreza vivem em condições favoráveis.

“A família média pobre nos Estados Unidos tem ar-condicionado, um carro ou caminhonete, TV a cabo, um computador, um telefone celular e (se houver crianças na casa) videogames. Eles têm o suficiente para comer e não são malnutridos”, diz o estudo da fundação.

“Eles vivem em uma casa confortável que está em boas condições e têm mais espaço do que a média não pobre da Alemanha, França, Suécia e Reino Unido”, acrescenta.

Shaefer, no entanto, questiona essa visão e adverte que, embora muitas famílias pobres nos Estados Unidos residam em casas amplas, muitas vezes elas não têm dinheiro para aluguel ou serviços básicos, como calefação.

“Se os pobres nos Estados Unidos têm tantos recursos, então por que seus resultados são tão ruins? Sabemos que indicadores como a expectativa de vida estão claramente ligados à renda e que os pobres americanos têm uma taxa muito baixa”, rebate o pesquisador.

“As pessoas dizem que os pobres nos Estados Unidos são ricos pelos padrões internacionais, mas isso claramente não é verdade porque seus resultados são muito piores do que os do resto da sociedade”, conclui

Fonte: BBC Brasil – Ángel Bermúdez (BBC Mundo em 3 dezembro 2017.

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Por que engordamos quando ficamos mais velhos (e não tem a ver só com o metabolismo)

2017/12/05   admin

GETTY IMAGES: Luta contra balança cresce com a idade.

A guerra contra a balança é algo que atormenta muitos depois de certa idade… e certos quilos.
Quem já passou dos 30 anos sabe bem o que é isso: as calças que entravam com folga na década anterior estão apertadas ou já não cabem mais.
Envelhecer e engordar parecem andar de mãos dadas, embora alguns especialistas digam que o ganho de peso pode ser evitado com o avançar da idade.
A solução, dizem eles, é encontrar uma atividade física que faça você gastar muitas calorias.
Isso porque os quilos extras estão associados ao metabolismo, ou seja, a forma como o nosso corpo consome energia.
Um metabolismo lento é aquele que queima menos calorias em repouso do que o normal. Também é conhecido como metabolismo basal.
Quando envelhecemos, nosso metabolismo diminui por uma questão de sobrevivência.
Ou seja, as células queimam os nutrientes mais devagar e tendem a se agarrar à gordura, preparadas para ter uma reserva em caso de necessidade.
Mas há outras causas menos conhecidas que nos fazem ganhar peso ao envelhecermos.
A seguir, os principais motivos do ganho de peso com a idade elencados pelo NHS, o sistema de saúde público do Reino Unido, e que não têm a ver com o metabolismo.

1) Medicamentos
Ao envelhecermos, sentimos mais dores. Às vezes, surgem doenças crônicas que exigem remédios por toda a vida. O ganho de peso pode ser um efeito colateral comum de muitos desses medicamentos.
Segundo o NHS, contribuem para o ganho de peso esteroides, antipsicóticos e insulina, entre outros.
Solução: Nunca ignore as recomendações do seu médico, mas fale com ele para saber se é possível substituir alguns remédios por outros.

2) Insônia
Dormir pouco não é bom para o nosso cérebro, para o nosso peso e para a nossa saúde em geral.
Segundo Neil Stanley, especialista em Medicina do Sono do Hospital Universitário de Norfolk e Norwich (Inglaterra), “há uma ligação muito forte entre a falta de sono e o ganho de peso”.
À medida que envelhecemos, costumamos dormir menos, então as chances de ganharmos peso crescem, diz o NHS.
Solução: Durma mais. Segundo Stanley, “o sono é vital para a nossa saúde física e mental”.

3) Televisão
Seja por prazer ou porque a nossa saúde não nos permite ter uma vida fisicamente ativa, assistir à TV por muitas horas contribui para uma vida sedentária.
Segundo estudos analisados pelo NHS, quando estamos na frente da tela, muitas vezes, consumimos calorias de que não precisamos.
A nutricionista britânica Anna Suckling explica: “As pessoas muitas vezes descobrem que, enquanto estão sentados na frente da televisão, consomem alimentos com alto teor de calorias, como batatas fritas e chocolate”.
Solução: Modere o número de horas em frente à TV e preste atenção ao que você come. Prefira lanches saudáveis aos petiscos industrializados.

4) Estresse
À medida que envelhecemos, nossas responsabilidades aumentam. Nos preocupamos mais e sofremos estresse. Uma maneira comum de lidar com essa situação é comer mais do que precisamos.
Nesse sentido, o açúcar acaba sendo um alimento recorrente.
Consumir lanches açucarados dá uma sensação temporária de bem-estar, mas pode ser fatal para a nossa saúde.
Solução: Além de tentar reduzir (ou eliminar) a causa do estresse, prepare lanches saudáveis e tente fazer algum exercício, aconselha Suckling.

Outras causas mais comuns e relacionadas ao metabolismo são a perda muscular, disfunção hormonal e aumento dos níveis de açúcar no sangue.Por que engordamos quanto ficamos mais velhos (e isso não tem a ver com o metabolismo)

Fonte: BBC Brasil, 03/12/2017.

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