Busca
-
Mais Recentes
Você sabia que é possível diminuir o desperdício de alimentos na hora de preparar refeições? Além disso, o uso de talos, cascas e sementes pode contribuir para uma alimentação mais nutritiva e saborosa. Para orientar a população sobre o aproveitamento integral dos alimentos com receitas e dicas, alunos do curso de Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP criaram o livro digital Um pouco de história e 10 receitas para tornar o desperdício zero.
Há um Brasil torto e errado. Todos sabem. Os animais estão com fome e sede porque seus habitats estão sendo destruídos, com essa destruição vem a ruptura da cadeia alimentar. O retorno galopante da fome no Brasil agora ultrapassa os humanos. As estatísticas dizem que já tínhamos 12 milhões de humanos famintos e agora passamos para 14 milhões. Não é só, elas também dizem que mais de 100 milhões e brasileiros estão em insegurança alimentar.
São vinte milhões de pessoas, aproximadamente, sem ter o que comer e mais da metade da população brasileira sofrendo diferentes níveis insegurança alimentar. Dois dos episódios mais recentes dessa grave crise vieram à tona na última semana. Imagens de prateleiras de um supermercado, em Cuiabá/MT, amplamente divulgadas nas redes sociais, mostravam a venda de fragmentos de arroz e de bandinha de feijão para consumo humano. São produtos que, anteriormente, eram destinados à ração animal e/ou descartados.
A Ação da Cidadania é absolutamente contrária à doação de alimentos fora do prazo de validade, pois acredita que o combate à fome será efetivamente realizado a partir da construção de políticas públicas neste sentido, e não pelo desmantelamento delas como vemos constatando. Desde seu primeiro dia de governo, ao extinguir o CONSEA (conselho de segurança alimentar) o governo federal deu seu recado, e tem ampliado o desmanche de políticas públicas de segurança alimentar dos últimos anos.
O Brasil está passando por uma crise sanitária inigualável, conjuntamente com uma enorme crise econômica, com aumento da pobreza e da fome. Junto à emergência sanitária o Brasil vive as emergências do desemprego e da insegurança alimentar. Ao contrário do que diz a “Curva de Phillips”, a baixa atividade econômica e a ociosidade da estrutura produtiva não derrubou a inflação. O IPCA, calculado pelo IBGE, subiu 5,2% nos últimos 12 meses e o preço dos alimentos subiu 15% no mesmo período. O Brasil vive um cenário terrível marcado pela estagflação (estagnação + inflação). Assim, depois de 6 anos de juros em baixa, o Banco Central do Brasil elevou a taxa de juros básica, no dia 17/03, sinalizando novo ciclo de alta e dificultando a retomada das atividades econômicas.
Estima-se que 931 milhões de toneladas de alimentos, ou 17% do total de alimentos disponíveis aos consumidores em 2019, foram para o lixo das residências, varejo, restaurantes e outros serviços alimentares, de acordo com uma nova pesquisa da ONU que visa apoiar os esforços globais para reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030. O peso equivale a aproximadamente 23 milhões de caminhões de 40 toneladas totalmente carregados – o suficiente para circundar a Terra sete vezes.
Como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, temos um bom percentual de brasileiros passando fome. Exportamos as frutas de boa qualidade e muitas vezes comemos o que sobra. Não estamos vivenciando um mercado sustentável, que já prejudica as gerações atuais e sem pensar nas gerações futuras. Num mundo com possibilidades de grandes pandemias, como no momento, temos que pensar numa educação alimentar sustentável e, também, num mercado sustentável de alimentos – não este que está aí.
O Dia Mundial da Alimentação começou a ser celebrado em 1981, como uma forma de conscientizar a população de que é preciso se manter informado em questões como nutrição e alimentação para manter a saúde em dia e para organizar a luta contra a fome. O Dia Mundial da Alimentação é comemorado em 16 de outubro em mais de 150 países. Esta data é marcada também pela criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
Crise alimentar – A volta da fome. IBGE aponta que o Brasil atingiu em 2018 o pior índice de insegurança alimentar desde 2004 e indica o retorno do país ao Mapa da Fome da ONU. Desmonte de políticas sociais e cortes orçamentários são a principal causa, dizem especialistas.Segundo a pesquisa do IBGE, que traz dados de 2018, 10,3 milhões de pessoas viviam em domicílios com insegurança alimentar grave – classificação que reúne as residências em que os moradores passaram por privação severa no consumo de alimentos no período.