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Com a indiferença não se pode contar, artigo de Anoushe Duarte Silveira.

2011/11/11   admin

“Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que ‘viver significa tomar partido.’ Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.” Esse trecho foi retirado do livro Convite à Leitura de Gramsci, de Antonio Gramsci,político, cientista político, comunista e antifascista italiano. Ế claro que foi escrito em um contexto histórico, político e social totalmente diferente, mas continua atual. E, particularmente, concordo.

Tomar partido, não significa apenas tomar partido político, mas tomar partido frente à vida. Posicionar-se. Tenho medo dos que não se posicionam, dos que não enfrentam com coragem as questões que a vida apresenta, impõe. Tenho medo dos que se escondem em falsas máscaras de bonzinhos e, muitas vezes, agem por trás. Prefiro os que “gritam”, mas que claramente mostram suas opiniões. Prefiro os que julgam menos e admitem que erram, porque só erram aqueles que fazem. E afinal, estamos aqui para isso, aprender e, na maior parte das vezes, aprendemos mesmo é com os erros.

Ế besteira achar que existem padrões consolidados. A cada dia a vida nos mostra que é mutante e que num piscar de olhos você deixa de ser, de ter, de estar. Então é inútil acreditar que você é melhor do que o outro, que a sua maneira de viver é a certa e tornar-se apático diante do problema alheio. Amanhã a vida vem e te coloca na posição daquele que você absteve-se de enxergar, de ouvir, de estender a mão… Amanhã a vida vem e coloca um filho seu na posição daquele que você julgou e absteve-se de defender, porque preferiu ser indiferente à questão. E com a indiferença não se pode contar.

Quem verdadeiramente vive, toma partido em prol do que acredita, sendo certo ou errado. Procura conhecer antes de julgar ou, se impossibilitado de conhecer, ao menos respeita, sem colocar-se numa posição superior. Porque a razão não tem dono, ela é livre, hoje está do seu lado, amanhã talvez não.

Posicionar-se é diferente de querer ser dono da razão. Você pode dizer o que pensa, sem ter a certeza de estar certo. Posiciona-se contrário ou a favor, mas liberta-se do peso arrogante da indiferença, porque até o ponto contrário te ajuda a refletir sobre algo, mas a indiferença é o nada. Posicionar-se é diferente também do não saber. Dizer eu não sei é muitas vezes ter uma posição frente a algo. Ế muitas vezes o partido da humildade…

Não sei de muita coisa… Mas uma coisa eu sei: prefiro os que se mostram e dão a cara a tapa; que não têm medo de errar e nem de tomar partido de algo ou alguém; que não se conformam com o que pode ser mudado e não almejam padrões. Prefiro o posicionamento, certo ou errado, pois acho mesmo que é melhor do que a indiferença.

Anoushe Duarte Silveira é brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.

Posted in: Artigo
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