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Conhecimento em suas mãos, artigo de Anoushe Duarte Silveira.

2011/07/01   admin

Outro dia desses, fui a uma palestra sobre a escrita na internet e o futuro do livro impresso. Dois escritores conduziram a temática, a plateia participou intensamente e as opiniões divergiram. Chegaram a colocar uma data final para o livro deixar de existir no formato em que conhecemos: em 50 anos. Alguns apostaram na extinção em um prazo ainda menor, outros chegaram à conclusão de que ele nunca deixará de existir no formato impresso, mesmo com a existência das mídias digitais influenciando diretamente no concorrido tempo dos consumidores modernos e transformando o hábito da leitura em todo o mundo.

Hoje, existem tantas maneiras virtuais onde pode-se ler ou pesquisar e-books que às vezes fico perdida: kindle, iPad, google books e por aí vai… Não se chega mais a um estabelecimento para sentar, aproveitar o dia e ler um bom livro. Hoje, as pessoas entram em um cybercafé ou lan house já munidos de seus aparatos tecnológicos. Outro dia comentei com um amigo que estava em um café com meu netbook e ele prontamente me disse: “nossa, isso está ultrapassado, pensei que você estava usando um macbook”. Puxa, desculpa aí!. Imagine se ele soubesse que só no ano passado decidi comprar um computador para minha casa…

Gosto dessa interação lúdica do virar as páginas do livro, anotar algo no canto direito da folha, a lápis, para refletir posteriormente, sublinhar os trechos mais interessantes para quem sabe dias ou anos depois relê-los em um contexto distinto da vida… Gosto do cheiro do livro. Sabe aquela brisa do papel impresso que invade seus sentidos quando você entra em uma livraria? Adoro! E o colorido deles enfileirados nas prateleiras, parece uma verdadeira pintura…

Sem contar a delícia de desbravar os rincões dos sebos e ter, quem sabe, a alegria de descobrir uma edição antiga daquele seu autor favorito. E, então, além de emocionar-se com a literatura em si, soltar ainda mais a imaginação ao criar histórias sobre por onde andou o antigo livro, por quais mãos ele passou, o que presenciou. Porque, além de um português escorreito, esse pequeno objeto agrega tempo, é uma verdadeira relíquia.

Não sei qual será o fim do livro impresso, espero mesmo é que não tenha fim. Não sei quem ganha ou quem perde com essa transformação cultural. Com certeza haverá ganhadores e perdedores, dependendo da capacidade de cada um em se adaptar aos novos tempos. Se por um lado é bom saber que com a internet mais pessoas terão acesso à literatura, por outro as editoras e livrarias estão perdendo espaço.

Enquanto não sei do futuro do livro, sigo por aqui cuidando dos meus e ensinado o mesmo a meu filho. E tento praticar o desapego e repassá-los a outras pessoas ao findar cada leitura, para que outros possam ter a mesma oportunidade de emocionar-se com as histórias e ensinamentos que ele me proporcionou. Pois só essa certeza posso ter: o melhor presente é o conhecimento e, para adquiri-lo, nada como o bom e “velho” livro.

Anoushe Duarte Silveira é brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.

 

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