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Medianeras, barreiras a serem quebradas, artigo de Anoushe Duarte Silveira.

2012/07/08   admin

Somente esta semana consegui assistir ao filme argentino Medianeras, de Gustavo Taretto. Gostei muito do tema abordado  a solidão na era do amor virtual  e mais ainda da maneira um tanto poética como ele o apresentou. A metáfora da arquitetura como grande vilã e causadora do isolamento e da falta de comunicação entre as pessoas soa totalmente coerente quando vivemos nos tempos da solidão do delivery, do torpedo, do e-mail e do chat.

No inicio do filme, o personagem diz, “estou convencido de que as separações, os divórcios, a violência familiar, o excesso de canais a cabo, a falta de comunicação, a falta de desejo, a apatia, a depressão, o suicídio, as neuroses, os ataques de pânico, a obesidade, as contraturas, a insegurança, a hipocondria, o estresse e o sedentarismo são responsabilidade dos arquitetos e da construção civil. Desses males, salvo o suicídio, padeço de todos”. Ele narra enquanto é mostrada uma sequência de prédios erguidos em Buenos Aires, segundo o protagonista, sem nenhum critério. “Buenos Aires cresce descontrolada e imperfeita. É uma cidade superpovoada em um pais deserto”. Paradoxalmente, a cidade que une as pessoas é a mesma que as separa e a tecnologia que chegou com a promessa de nos tornar a todo tempo conectados e cada vez mais próximos ao mundo é a mesma que proporciona um estilo de vida totalmente virtual, com relacionamentos cada vez mais fluidos.

Como metáfora dos conflitos de nossa existência, o diretor usou as ‘medianeras’  aquelas paredes cegas voltadas para prédios vizinhos onde não há janelas. Essas paredes são o nosso lado escuro  dores, fissuras, problemas varridos para debaixo do tapete. No filme, os personagens, ambos solitários, moram no que eles chamam de caixas de sapatos (nossas kitnetes) em prédios vizinhos e decidem abrir janelas nessas paredes para que entre luz. Uma janela acaba ficando de frente para a outra e, nesse momento, eles se enxergam. É quando também eles começam a sair dessa situação solitária — o buraco aberto representa uma mudança de vida.

Acho que é uma bela reflexão a fazermos: começarmos a abrir janelas em nossas vidas em busca de mais proximidade real, de uma verdadeira comunicação; tomarmos, enfim, coragem para consertar antigas fissuras…Os personagens tomaram essa decisão contra um modo de vida isolado e escuro. Cabe a cada um de nós quebrar barreiras, nossas ‘medianeras‘ individuais que impedem que entrem mudanças em nossas vidas.

Anoushe Duarte Silveiraé brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.

Posted in: Artigo, Sem categoria   Tags: deserto, filme, medianeras, personagens, solitários, superpovoada, vidas, violência familiar, vizinhos
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