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Novas Vidas Secas, artigo de Antônio Campos

2013/07/19   admin
Antonio Campos. Foto Cooperativa Cultural Brasileira - Nordeste.

Antonio Campos. Foto Cooperativa Cultural Brasileira – Nordeste.

75 anos se passaram da publicação do clássico “Vidas Secas”, do escritor Graciliano Ramos. O cenário nos sertões do Brasil, no entanto, não mudou muito. A seca narrada por Graciliano ainda se faz presente. São mais de 10 milhões de pessoas afetadas pela falta de água, em municípios do Norte ao Nordeste do país. Em Pernambuco, a seca atinge a mais de 1 milhão de sertanejos e há 130 municípios em situação de emergência. Desde 2011, o Nordeste se depara com a maior estiagem em 40 anos.

O “Vidas Secas” que tão bem descreveu a situação social do Brasil em seus 13 capítulos, alguns sendo configurados como um romance desmontável, que podem ser lidos em outra ordem. Em 1962, ganhou o prêmio americano da Fundação William Faulkner, como o livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea. Em 1963, o cineasta Nelson Pereira dos Santos adaptou a obra ao cinema em uma bem-sucedida versão homônima do clássico nas telonas. Agora, em 2013, mais de 7 décadas depois, esta obra, infelizmente, continua contemporânea e representa o que acontece nesta margem da nossa sociedade que sobrevive nos sertões brasileiros. Diante da seca arrasadora, que já afligia a tantos quando Graciliano escreveu sobre, a dificuldade de sobrevivência é a mesma. Falta alimento para os sertanejos e para os seus animais e plantações, suas verdadeiras fontes de sobrevivência. A pobreza e a fome marcam a vida sofrida dessas pessoas.

A data comemorativa da obra traz à tona a importância da discussão da causa da água, e a realização de medidas eficientes e permanentes no que tange aos afetados pela seca, ante o risco inclusive de desertificação de grandes trechos do Nordeste. Reforça, também, a vulnerabilidade dessas regiões, e desses sertanejos, que pouco mudaram e melhoraram após esses 75 anos. As vidas mudam, a seca continua. E este é o retrato da estiagem que atinge o Brasil atual, como descreveu Graciliano Ramos.

Fonte: JB On-line, 17/07/2013.  http://www.jb.com.br/antonio-campos/noticias/2013/07/17/novas-vidas-secas/

Antônio Campos – Advogado, Escritor, Editor, Membro da Academia Pernambucana de Letras e Curador da Fliporto.

Email: [email protected]

Posted in: Artigo   Tags: Nordeste, pobreza, seca, sertões brasileiros, sobrevivência, sociedade, vidas secas
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