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O poder da música, artigo de Anoushe Duarte Silveira.

2012/03/23   admin

     Foto de Raquel Bertoletti – Flickr do Yahoo

Recebi um daqueles bilhetinhos da escola do meu filho onde os educadores descreveram a importância da música na vida da criança, de saber expressar-se musicalmente. “Com a música, a criança aprende a ter paciência, autodisciplina e desenvolve uma parte importante da coordenação motora, memória e persistência”. Então fiquei pensando, como não haveria de ser importante a música, se ela nos acompanha desde os primeiros momentos de vida?

Antes mesmo de nascermos, lá está ela bem presente no cantarolar materno a nos ninar dentro barriga, só para começar… Depois, nos momentos que seguem ao nascimento, o mundo já é música novamente, não tão suave, não tão melódica, vibram notas descompassadas que dão ritmo ao primeiro choro, um canto abrupto de espanto: — Onde estou?! E a vida vai seguindo, com palminhas ritmadas, com o som da nossa própria voz e tantos outros barulhinhos, seja da natureza, da vida urbana ou do ambiente familiar, que viram música e nos estimulam a desbravar um novo mundo.

O tempo vai passando e cantigas de roda invadem nossas vidas, um mundo lúdico-poético-musical nos é apresentado. Sons que nos incentivam a deixar o colo materno e desbravar a vida com os nossos iguais — outros pequenos. Então, caminhamos por uma rua que tem um bosque que se chama solidão, onde mora um anjo que roubou meu coração ou vemos o Cravo brigar com a Rosa debaixo de uma sacada e ainda damos meia volta e volta e meia dançando a ciranda cirandinha. A música cria um terreno fértil para a imaginação.

Passa a infância, vem a adolescência e a construção da identidade começa a se revelar pelas preferências musicais. Os apaixonados ouvem canções românticas, os “rebeldes”, “rock pesado”, os mais introvertidos ouvem música erudita, os mais extrovertidos, quem sabe, samba, pagode, axé. Claro que são só exemplos, nada impede que os introvertidos gostem de axé também, mas o fato é que a música continua presente também neste momento da vida.

Na fase adulta, consolidamos nosso amor por “ela”. Não são mais gêneros musicais que nos atraem, o que importa mesmo, de um modo geral, é a qualidade. Não é mais ela que nos escolhe, já temos discernimento o suficiente para escolhê-la. Então, seletivamente, ela embala nossa vida. Os nossos momentos de vitória ou de derrota, de ação ou sossego, de amor ou ódio recebem um colorido especial quando determinamos a nossa trilha sonora.

E o ciclo musical da vida se fecha na velhice. Só posso supor como será…Talvez, a maneira de criar as melodias ao longo da vida seja determinante para o repertório final. Assim como no início, pode ser que tenhamos alguém para cantarolar cantigas de ninar e os sons ao nosso redor sejam novamente descobertas e precisemos da música para nos estimular. Quando observo minha avó de quase 100 anos cantarolando e percebo que isso faz o dia dela se iluminar, fico feliz em saber que assim como a música embalou o início, provavelmente, no fim, ela também estará lá, mostrando todo o seu poder.

Anoushe Duarte Silveiraé brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em coautoria, selecionados em concursos literários. 

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