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O poder das boas palavras, artigo de Anoushe Duarte Silveira

2011/07/15   admin
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília apresentou este mês um projeto chamado cine-concerto. Foram projetados vários filmes mudos, ao ar livre, acompanhados de execução musical ao vivo, feita por músicos profissionais franceses. Uma bela iniciativa, em minha opinião. Afinal, rever obras de arte de Charles Chaplin e alguns filmes etnográficos sonorizados por música de qualidade, não tem preço.

Fiquei pensando então no poder da palavra, seja escrita, falada ou silenciada. Na verdade, no seu poder de simbolizar e traduzir sentimentos, reflexão já feita pelo filósofo Aristóteles quando discutiu a relação entre as palavras escritas e as experiências mentais ou pensamentos dos quais as palavras seriam símbolos. “… As palavras faladas são símbolos das afeições da alma e as palavras escritas símbolos das palavras faladas…”.

A palavra permite tornar presente o que está ausente. Aquilo que imaginamos, sentimos, sonhamos, torna-se real por meio dela. Sou verdadeiramente fã da palavra e de todas as suas formas de expressão, seja na poesia, na música, na literatura, no cinema, enfim…

Se tomarmos a música como exemplo, posso citar várias composições que traduzem em poucas frases um turbilhão de sentimentos. “Timoneiro”, de Paulinho da Viola …”Não sou eu quem me navega/quem me navega é o mar…” ou “O mundo é um moinho”, de Cartola …” Preste atenção, querida/ Embora eu saiba que estás resolvida/ Em cada esquina cai um pouco a tua vida/ Em pouco tempo não serás mais o que és”.

E na poesia então, “Amor é fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente…”, de Luiz de Camões ou “As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão”, de Drummond de Andrade. Como não dizer que essas palavras transcendem as linhas e incitam a imaginação? A imaginação de quem sente e se expressa por meio delas como símbolos que são e a imaginação de quem adapta os versos para si.

E assim como poderosa é a palavra, o mesmo poder tem a voz do silêncio. Sábio é aquele que consegue alguns segundos de reflexão antes de plasmar a parte dura e triste das afeições da alma. Palavras erradas têm a mesma força de destruição que as certas têm de engrandecer. Tudo tem a hora certa, e, na maioria das situações em nosso cotidiano, perdemos várias oportunidades de nos calarmos em prol da dura pretensão de nos considerarmos donos da razão. Saber como usar as palavras e, principalmente, quando não usá-las é uma verdadeira arma para vivermos bem em sociedade. Então, como disse William Shakespeare: “Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras”.

Anoushe Duarte Silveira é brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.


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