Peça “A Quadrilha” revisita poema Clássico de Carlos Drummond de Andrade.
“João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história”
Um dos trabalhos mais lembrados do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) ganha novos ares. “A Quadrilha” é uma comédia escrita por Jomar Magalhães inspirada no clássico poema visto, revisto e lembrado por todos. O desafio da montagem foi aceito pela Profana Trupe, grupo de teatro formado por seis jovens atores e tem direção de Cris Muñoz.
A história começa na pequena cidade de Mirandela do Norte, interior do estado do Rio de Janeiro, quando o Padre da cidade realiza o curso de preparação matrimonial. O caos começa a se instaurar quando Maria – uma das noivas – revela que não pretende se casar com Raimundo, porque ama outro homem (Joaquim) . Teresa – comprometida com João – também revela estar apaixonada por Raimundo e logo em seguida Lili confessa não amar ninguém, para o desespero do noivo, Joaquim.
Daí em diante, o jovem padre tenta reverter a situação. Mas tudo que o vigário consegue é piorá-la mais ainda: um noivo se suicida, outro morre de desastre e um deles se muda para os Estados Unidos. E na cidadezinha não se fala em outra coisa além das trapalhadas do religioso e da festa de casamento – que seria um dos grandes acontecimentos da cidade – posta em cheque. Além do padre, outra figura importante, o prefeito, se preocupa com o futuro do evento e as consequências (principalmente nas urnas) do fiasco.
João, Teresa, Raimundo, Maria, Lili e até José Pinto Fernandes ganham rostos e personalidades bem distintas. João é um filho de pai comunista, tendo até toque de recolher para voltar para casa.Teresa é o alvo preferido das fofoqueiras de plantão por sua fama de namoradeira. Raimundo é nordestino, trabalha na oficina da cidade e não é nem um pouco sutil. Maria tem um temperamento oscilante e é uma tia coruja, como o próprio poema revela. Já Lili é de uma mente inquieta que adora viajar nos próprios pensamentos e apesar de “não amar ninguém” se mostra no final uma profunda apaixonada pela vida. Já José Pinto Fernandes se revela no final, mas desde o começo é parte importante da história.
A peça estreia no dia 5 de maio, na sede da Cia (Rua Conde de Irajá, número 253 em Botafogo), e fica em cartaz durante todo o mês.
Informações
“A Quadrilha”
Texto estreia em maio na Sede da Cia de Teatro Contemporâneo em Botafogo
Estreia: 5 de maio, sábados as 21 e domingos, às 20 horas
Duração – aprox. 60 minutos
Ingresso – R$ 30,00
Ingressos a venda via internet pelo site www.ingresso.com
Temporada de 5 a 27 de Maio de 2012
Meia entrada para idosos e estudantes.
Companhia de Teatro contemporâneo – Rua Conde de Irajá, número 253, Botafogo
Capacidade: 100 lugares / Ar Condicionado / Lanchonete
Classificação – 16 anos
Estacionamento próximo – esquina da Conde de Irajá com Voluntários da Pátria
Site: www.ciadeteatrocontemporaneo.com.br
Ficha Técnica
Texto: Jomar Magalhães
Direção: Cris Muñoz
Assistente de direção: Bruno Strorck Carvalho
Produção Executiva: Raianny Rodrigues e Luiza Machado
Assistente de produção: Elisa D’Oliveira
Supervisão de produção: Dinho Valladares
Figurinos , Cenário, Coreografía: Maciel Tavares
Coreografia: Maciel Tavares
Trilha Sonora: Paulo Fonseca, João de Carvalho e Zé Guilherme.
Elenco
Eliza D’Oliveira Lili/ Fofoqueira
Elvis Xavier João / Fotógrafo / coroinha
João de Carvalho Padre
Luciano Martins Prefeito Olegário / Sacristão
Luiza Machado Maria / Fofoqueira/ Pastoret
Maria Clara Nascimento Fofoqueira/ mulher do prefeiro
Raianny Rodrigues Teresa / fofoqueira/ Clarinha/ Pastoret
Rafael Nunes Raimundo / Pastor / Fofoqueira
Zé Guilherme Joaquim / Ludmila
Anna Carolina Martins Faxineira / Fofoqueira