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Quem disse que viver é fácil? Artigo de Anoushe Duarte Silveira.

2012/01/07   admin

Sempre aprendi que paciência é uma virtude. Passei grande parte da minha vida tentando exercitá-la e sendo lembrada de que deveria praticá-la ainda mais: “Minha filha, tenha mais paciência com sua irmãzinha, ela é só um bebê…”, “Tenha mais paciência, um dia você vai aprender…”, “Tenha mais paciência com fulano, ele é assim mesmo…”, ” Tenha mais paciência que um dia você vai gostar do seu emprego”, enfim…

Até que um dia comecei a ouvir reiterados “nossa, eu não teria tanta paciência”, “meu Deus, como você é paciente”… E achei que enfim estava chegando lá, conseguindo efetivamente exercitar alguma virtude em meio a tantos fatores que nos empurram, derrubam e fazem com que a gente mande a educação e as virtudes às favas.

Estaria tudo lindo e feliz se eu não começasse a analisar o ponto negativo do excesso de paciência. Como se perde tempo e energia se o foco da sua paciência é uma pessoa errada, uma situação errada, um curso que efetivamente você não consegue assimilar, uma profissão que você não gosta e não te remunera bem, um fulano que nada te acrescenta, um parceiro (a) que te faz infeliz… Como tudo em excesso é prejudicial, talvez até mesmo a paciência exacerbada seja uma “anti-virtude”…

O bom mesmo seria ter mais paciência com as pessoas e situações certas e menos com as erradas: nova proposta de vida. Pais, mães, irmãos, amigos verdadeiros, nossos filhos geralmente merecem mais paciência. Às vezes gastamos a maior parte dela com pessoas erradas e deixamos para eles a menor porção. Dosar isso é tão difícil, não? Daí, para corroborar minha reflexão sobre ser o excesso de paciência uma “anti-virtude” vem nada mais, nada menos que Carlos Drummond de Andrade e diz: “Não é fácil ter paciência diante dos que têm excesso de paciência”. Ou seja, o excesso de paciência ainda por cima irrita, tremendamente!!!

Equilíbrio é a maneira ideal de se viver bem, cada dia mais me convenço disso. Perder a paciência no momento certo faz parte de uma vida equilibrada. Explodir no momento certo e acima de tudo com a pessoa certa impede injustiças com seu corpo e com outros que nada têm a ver com o problema. Não é solução ter paciência com um fato que te incomoda se no fim das contas vai adquirir uma úlcera. Não é solução ter paciência com o tal fulano que sempre te trata mal e chegar em casa irritado (a), descontando na pobre da sua mãe, ou do seu filho ou marido ou esposa, qualquer “da vez” que surja na hora errada. Melhor é despejar naquele que causou a angústia, a irritação, não é verdade?

Há momentos em que perder a paciência é totalmente inútil… Vale mais respirar fundo e esquecer — efetivamente esquecer. O mundo precisa realmente de boa convivência, gentileza, educação e mais paciência uns com os outros. Vive-se bem quando se sabe dosar isso, dar o devido peso e importância para os fatos e pessoas, respeitar o próximo, mas também nossos próprios limites. A gente chega lá… Quem disse que viver é fácil?

Anoushe Duarte Silveiraé brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.

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