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Saudades, artigo de Anoushe Duarte Silveira.

2012/02/11   admin

Difícil explicar sentimentos… Ainda mais quando se trata da saudade, uma sensação atribuída a tantas situações completamente distintas e muitas vezes antagônicas. Você pode estar feliz e dar o nome de saudade e essa mesma saudade pode te levar ao fundo do poço, tamanha a tristeza. Um amor correspondido, porém ausente, gera saudades, um sentimento gostoso… Já o amor não correspondido traz uma saudade sofrida, que dói… No primeiro caso pode-se preencher o vazio da saudade com a lembrança, com a expectativa do encontro, com a construção de um porvir. No segundo caso, no entanto, a saudade é um vazio que não se preenche, nem mesmo com a lembrança…

O mesmo acontece quando sentimos saudades de pessoas que amamos e se vão para sempre… O tempo ameniza, mas nada preenche totalmente o vazio. Reorganizamos nossa escala de prioridades e a saudade vai perdendo lugar, vai diminuindo o seu grau de importância, mas o vazio continua lá. Vai doendo cada dia menos até que um dia nem dói mais, mas a saudade continua lá…

Além da saudade das pessoas, tem a saudade das sensações, de lugares, de épocas passadas… Você sente aquele cheiro familiar que te remete à infância, come um bolo igualzinho ao que sua avó fazia lá em Minas Gerais e sente vontade de estar lá, assiste a uma cena de um filme e o abraço dado pelos personagens te lembra aquele amigo que você não vê há anos e que abraçava daquele jeito…

E quando você sente saudades do que não viveu? É outro tipo de saudade, até um pouco maluca, totalmente nostálgica, mas que existe… Saudade de ter vivido nos anos dourados, ido a bailes e vivenciado amores inocentes… Saudades de ter vivido nos tempos da “garota carioca”, num Rio de Janeiro sem tantos assaltos, tiros perdidos e violência… Saudades de ter ido ao cinema quando ainda era um grande acontecimento social e quem sabe até ter rido e se emocionado com um filme mudo de Chaplin.

Na verdade, sentimos saudades de quem fomos, de toda alegria que sentimos com aquela pessoa ou naquele momento ou naquele lugar. Sentimos saudades do que aquelas sensações apreendidas e aprendidas nos engrandeceram, nos deram prazer… Sentimos saudades até do que consideramos que poderia ter sido bom e nos tornado felizes, embora não tenha sido realizado. Acho que por isso não temos saudades alguma do que foi ruim, a mente e o coração rapidamente se encarregam de apagar de nossa vida, de nossa memória.

Saudade não é tão ruim assim… Hoje, por exemplo, sinto saudades das conversas que tinha com a minha amiga de sorriso gigante, do quanto me faziam bem, e de tomar caipirinha em xícaras, no Natal, para minha avó não perceber que minha tia e eu estávamos bebendo… E entre mil coisas que poderia citar, do colo das duas… Muita saudade! Sou melhor porque tive o prazer de desfrutar da companhia delas… É, saudade não é tão ruim assim…

Anoushe Duarte Silveiraé brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.

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