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Arte: “Ser ou não ser”, artigo de Anoushe Duarte Silveira.

2013/04/06   admin

Ficha Técnica – A Ressurreição:
Autor: Piero Della Francesca 
Onde ver: Borgo San Sepolcro, Itália 
Ano: 1460 
Técnica: Afresco 
Tamanho: 200cm x 225cm 
Movimento: Renascimento

Li recentemente uma declaração do escritor peruano Mario Vargas Llosa sobre a mercantilização “exagerada e sem critérios” das artes plásticas. Ele disse:“Nas artes, a palhaçada chegou a termos grotescos, a ponto de museus importantes pagarem centenas de milhões por um tubarão no formol.” O escritor referiu-se ao Hay Festival Cartagena 2013, na Colômbia, realizado no início do ano.

Essa declaração me remeteu aos seguintes questionamentos: Será que qualquer coisa pode ser considerada arte? O que pode ser vendido como arte? Qualquer pessoa pode ser um artista? Qualquer pessoa sabe distinguir o que é uma obra de arte de uma simples coisa? E o quê distingue um artista de um não artista?

Difícil haver respostas únicas sobre algo cujo conceito ainda é objeto de grandes debates e continua sendo indefinido, como é a arte. Porém, acho que cabe uma reflexão sobre a afirmativa de Vargas Llosa, afinal, tudo acaba se tornando arte não pelo valor das emoções expressadas, da beleza estética e da maneira de traduzir e interpretar a vida, mas por sua capacidade de ser comerciável. Será que não há aí uma inversão de valores?

Acho que tornar a arte acessível e popular  o que é necessário e louvável  é muito diferente de moldá-la para atrair o público a qualquer custo. Infelizmente, vê-se muito isso na música, no cinema, no teatro, em todos os seus meios de expressão. Fico pensando então a quem caberia estabelecer limites éticos para frear essa exagerada e sem critérios utilização da arte?

Difícil, não? Acho que seria inútil requerer essa responsabilidade do governo ou dos agentes culturais, então, só consigo imaginar que talvez ela seja nossa ─ público apreciador da arte e gerador de opinião. Se uma coisa te parece grotesca, não vá, não divulgue, não pague. Filtre com cuidado o que entra em seu lar, seja uma música, um quadro, uma escultura… Se uma obra literária for ruim, não a passe para frente, e divulgue o máximo que puder tudo que você considerar arte. Talvez a gente deva fazer isso de uma maneira ainda mais intensificada com as crianças. São elas que vão estabelecer uma nova visão na arte, na política, na cidadania e vão formar os seus valores a partir do que a gente oferecer como informação hoje.

Vai ser sempre difícil dizer o que é arte, talvez nem haja resposta para isso, mas nós conseguimos identificar o que não é, ao menos o que não nos parece ser… O poder de escolha ainda pode ser nosso! É… ainda pode ser…

“A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. (Leonardo da Vinci).

Anoushe Duarte Silveira é brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.

Posted in: Artigo   Tags: agentes culturais, arte, artes plásticas, cidadania, cinema, esculturas, música, obra literária, teatro, vida
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