Criatividade e inovação na defesa do meio ambiente, artigo de Anoushe Duarte Silveira.
“Quero um futuro em que a a educação encoraje o pensamento inovador. Quero um futuro em que a gente siga junto com os processos naturais e não contra. Quero um futuro em que líderes parem de falar e comecem a agir”. Com palavras como essas, a neo-zelandesa Brittany Trilford venceu um concurso internacional chamado “Encontro com a História” e foi escolhida para representar a juventude e as futuras gerações na Rio+20.
O concurso que a elegeu foi organizado por importantes ONGs de ação global, ligadas a questões de clima e meio ambiente. Brittany enviou um vídeo de três minutos, intitulado “O futuro que eu quero”, no qual alerta governos e empresas multinacionais para os riscos do desenvolvimento desenfreado.
A menina tem apenas 17 anos e palavras fortes: “O propósito desse vídeo é mostrar qual futuro eu quero para o mundo. Bem… Para ser franca, eu fico feliz se houver um futuro”. E a sua pouca idade mostra que as crianças e adolescentes parecem ter uma preocupação e um nível de conscientização bem maiores que a de muitos adultos que visam o lucro sem se preocupar com o bem estar do meio ambiente e das pessoas. Especialmente daqueles que herdarão todo esse descaso que é a geração futura, que Brittany representa.
A Rio + 20 começou e, por mais que seja uma iniciativa incentivadora de esboçar um futuro melhor, sabemos que não haverá milagres. Os governos têm foco na crise e também querem estipular metas para um futuro desenvolvido, com respeito ao meio ambiente e erradicação da miséria. Fazer as duas coisas não é nada fácil. E a realização dessa metas só será possível se paralelamente houver um grande estímulo às mudanças de hábito e à educação.
A jovem Brittany, em seu vídeo, ressaltou a importância da educação com maestria: “Para acharmos uma solução, precisamos entender os problemas”. Os problemas incluem pobreza, mudança climática, poluição e esgotamento de recursos naturais. São todos sintomas de nosso desenvolvimento insustentável… Não podemos fazer no futuro o que fizemos no passado… Precisamos de inovação e imaginação. Então, uma solução seria mudar nossos sistemas educacionais para incentivar a criatividade e a inovação. Definitivamente existem ideias por aí para acabar com nossos problemas. Nossos líderes só precisam prestar atenção”. Cabecinhas conscientes como a dessa menina é que promoverão as grandes mudanças! Um futuro desenvolvido só existirá por meio de uma educação que as encoraje a pensar e a fazer!
Anoushe Duarte Silveiraé brasiliense, jornalista e bacharel em direito, pós graduada em documentário – com especialização em roteiros. Possui textos publicados em jornais e revistas e nos blogs http://www.amigas-da-leitura.blogspot.com/ e http://www.recantodasletras.com.br. Possui livros publicados em co-autoria, selecionados em concursos literários.