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O turismo brasileiro superou os números do Chile, do Uruguai e do Peru

2025/09/20   admin   No comments

O Brasil recebeu 6,52 milhões de turistas internacionais até agosto, atingindo 94,6% da meta anual prevista.

O turismo brasileiro vive um momento histórico em 2025, com números que confirmam sua consolidação como um dos destinos mais atraentes do mundo. A chegada massiva de visitantes internacionais, o crescimento sustentado da receita do setor e a diversificação dos pontos de entrada e das origens dos turistas delineiam um cenário sem precedentes para a indústria, que se tornou um dos pilares da economia nacional e uma das principais fontes de geração de empregos e oportunidades.

Entre janeiro e agosto deste ano, o Brasil recebeu 6,52 milhões de turistas estrangeiros, um aumento de 46,6% em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com dados da ONU Turismo. O número não só representa um recorde absoluto nos primeiros oito meses do ano, como também supera amplamente os registros dos países vizinhos durante todo o ano.

O Chile, por exemplo, recebeu em 2025 um total de 5,2 milhões de visitantes, enquanto o Uruguai e o Peru atingiram 3,3 milhões cada um. Esses números colocam o Brasil em uma posição de liderança no continente e o aproximam da meta traçada no Plano Nacional de Turismo 2024-2027, que previa 6,9 milhões de visitantes internacionais em 2025. Até agosto, 94,6% dessa meta já havia sido cumprida, o que garante que ela será amplamente superada antes do final do ano.

O impacto desse desempenho foi destacado por Celso Sabino, ministro do Turismo e presidente do Conselho Executivo de Turismo da ONU, que afirmou que os números refletem um país mais aberto e conectado com o mundo. Segundo Sabino, os resultados são reflexo das políticas implementadas para qualificar e promover o turismo, diversificar a oferta e ampliar a conectividade aérea, o que colocou o Brasil no nível de uma potência turística mundial.

Sua análise é complementada pela de Marcelo Freixo, presidente da Embratur, que destacou que o setor não só bate recordes de chegadas, mas também se consolida como uma indústria sustentável, capaz de gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento em diferentes regiões.

O mês de agosto de 2025 confirmou essa tendência positiva ao registrar 576.000 chegadas internacionais, o que representou um aumento de 37,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foi o melhor agosto da série histórica, superando até mesmo os registros de 2016, quando os Jogos Olímpicos do Rio atraíram 537.000 visitantes. Com esses resultados, o Brasil se aproxima rapidamente do recorde histórico de 6,77 milhões de turistas internacionais atingido em 2024 e projeta-se que o ano será encerrado com mais de oito milhões de chegadas, um número sem precedentes que consolidará a expansão atual.

Os avanços de 2025 não se explicam apenas pela comparação com o ano anterior, mas também em contraste com períodos anteriores. Entre 2016 e 2018, o Brasil recebeu entre 4,4 e 4,6 milhões de turistas nos primeiros oito meses de cada ano. A diferença em relação aos 6,52 milhões de chegadas registradas até agosto de 2025 mostra a magnitude do salto alcançado em menos de uma década. Esse crescimento foi acompanhado por um impulso decidido do governo federal e pelo trabalho de órgãos como a Embratur, que promoveram a diversificação de destinos e uma estratégia de internacionalização muito mais robusta.

Quanto aos países emissores, a Argentina continua sendo o principal mercado para o Brasil, com mais de 2,6 milhões de visitantes no acumulado de 2025. Em seguida, vêm o Chile, com 539.000 turistas, e os Estados Unidos, com mais de 516.000. A Europa também teve um peso significativo, com a França, Portugal, a Alemanha, a Itália e o Reino Unido contribuindo, juntos, com mais de 740.000 visitantes.

A análise dos pontos de entrada também permite dimensionar o dinamismo do turismo. São Paulo se consolidou como a principal porta de entrada do país, com mais de 1,8 milhões de turistas até agosto, o que representa um aumento de 24% em relação a 2024. Somente em agosto, o estado paulista recebeu 226.359 visitantes estrangeiros, provenientes principalmente dos Estados Unidos e da Argentina, que disputam a liderança, seguidos pelo Chile, Alemanha e Portugal.

Sua capital, com a conectividade do aeroporto de Guarulhos, confirma-se como um centro internacional tanto de negócios quanto de lazer. O Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar, com 1,4 milhões de visitantes, enquanto o Rio Grande do Sul soma 1,2 milhões, confirmando a atratividade da região sul. Um caso particular é o de Santa Catarina, que se tornou a surpresa do ano com 565.710 visitantes internacionais até agosto, já superando os registros de todo o ano de 2024, impulsionado por um crescimento interanual de 66,4% e um aumento de quase 45% somente em agosto.

O bom momento não se limita ao número de chegadas. Entre janeiro e julho de 2025, a atividade turística como um todo cresceu 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi marcado pelo dinamismo do transporte aéreo de passageiros, dos serviços de hospedagem e da restauração, com avanços notáveis em estados como o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul, a Bahia, São Paulo, o Paraná e Santa Catarina. Em comparação com julho de 2024, a atividade turística nacional cresceu 3,3%, acumulando quatorze meses consecutivos de resultados positivos.

O componente econômico também apresenta recordes. A FecomercioSP apontou que o turismo gerou quase R$ 108 bilhões em receitas no primeiro semestre de 2025, maior cifra desde o início da série histórica, em 2012. Isso representou um aumento de 6,9% em relação ao mesmo período de 2024, equivalente a R$ 7 bilhões adicionais.

O transporte aéreo de passageiros liderou o crescimento, com receitas de R$ 27,3 bilhões, um aumento anual de 10,6%, seguido pelo setor de hospedagem, que cresceu 12,7% e atingiu R$ 13,6 bilhões. Setores como transporte aéreo de passageiros, hospedagem, alimentação, agências e operadoras de turismo e transporte terrestre se beneficiaram dessa expansão, e alguns especialistas apontam que a facilidade de acesso a empréstimos pessoais contribuiu para que mais turistas nacionais pudessem financiar suas viagens, impulsionando ainda mais a demanda interna.

De fato, é importante destacar que em junho, o mês mais recente com dados disponíveis, foi registrado um novo recorde mensal de R$ 17 bilhões em receitas, impulsionado novamente pelo transporte aéreo e hospedagem.

Panorama para o segundo semestre

O panorama do turismo brasileiro para o segundo semestre de 2025 reflete uma diversidade que reafirma o país como um destino de múltiplas facetas. De acordo com dados da Decolar, os viajantes nacionais têm orientado suas preferências para uma variedade de experiências que vão desde praias paradisíacas até cidades serranas de clima frio, passando por grandes metrópoles e localidades do interior. Essa combinação confirma que o Brasil não se limita a uma única proposta, mas oferece um mosaico em que natureza, cultura e gastronomia se entrelaçam para dar forma a experiências memoráveis.

O Nordeste continua sendo a região mais visitada, com 11 cidades entre as mais procuradas pelos turistas. Bahia se posiciona como líder dentro desse bloco, com Porto Seguro, Salvador, Ilhéus e Praia do Forte, destinos que equilibram tradição, praias e riqueza cultural. Alagoas e Pernambuco também consolidam sua atratividade com Maceió, Maragogi e Porto de Galinhas, cujas paisagens de águas cristalinas e piscinas naturais evocam a imagem de um “Caribe brasileiro”. Esses lugares continuam sendo referência para quem busca sol e mar em um ambiente de grande beleza natural.

Os grandes centros urbanos continuam sendo referências importantes. São Paulo permanece entre os 10 primeiros lugares, não apenas por seu papel econômico, mas também por sua variada oferta gastronômica e cultural. O Rio de Janeiro, em terceiro lugar, reforça sua imagem de “Cidade Maravilhosa”, com atrações que vão desde o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar até suas praias icônicas. Florianópolis também figura entre as favoritas, destacando-se pelo equilíbrio entre modernidade urbana e beleza natural.

O turismo familiar ocupa um lugar especial em destinos como Caldas Novas, em Goiás, e Olímpia, em São Paulo, reconhecidos por seus parques aquáticos e complexos de águas termais. Foz do Iguaçu, com suas imponentes cataratas, também continua sendo uma das opções preferidas, graças à sua infraestrutura pensada para visitantes de todas as idades e durante todo o ano.

A gastronomia, por sua vez, consolidou-se como um motor do turismo. São Paulo lidera como capital da alta culinária, com propostas que combinam o internacional com releituras da culinária regional. Belo Horizonte se destaca como epicentro da gastronomia mineira, enquanto Belém ganha espaço com sua culinária amazônica, rica em ingredientes como tucupi e açaí. Salvador traz a força da tradição afro-brasileira em pratos como a moqueca e o acarajé, Florianópolis seduz com frutos do mar e Porto Alegre mantém a vigência do churrasco gaúcho. Manaus, com sua oferta baseada em produtos amazônicos, amplia esse mosaico de sabores.

O comportamento dos viajantes também evidencia uma transformação. As escapadas curtas e frequentes tornam-se tendência, impulsionadas por modelos de trabalho híbridos e uma preferência por acomodações que combinam conforto com serviços modernos. Essa nova dinâmica confirma que o turismo brasileiro atravessa uma fase de renovação, na qual a praia, a montanha, a grande cidade e a tradição culinária se complementam para reforçar o Brasil como um destino integral e em constante evolução.

Fonte: Frederico Cerutti – [email protected]

Posted in: Cultura, Turismo   Tags: EMBRATUR, gastronomia, Turismo brasileiro, turismo familiar

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