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O conceito de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” em relação à crise do clima sempre foi importante nos debates na ONU e é um componente central das estratégias de negociação climática do Itamaraty. A concepção indica que embora todos os países tenham que agir para conter uma catástrofe climática iminente, alguns Estados têm muito mais responsabilidade do que outros – são exatamente as emissões históricas que fazem o contrapeso.
Cada semana que passa, a desregulação ecológica nos surpreende com fenômenos “excepcionais”. Agora foi a vez de regiões dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Elas assistiram, impotentes, a uma inédita tempestade de areia semelhante às que ocorrem no Saara. Mais um fenômeno climático de origem antrópica. Mas, não apenas climático. Ele vem conjugado, resultado da sinergia com outro fator igualmente antrópico: ausência de cobertura vegetal sobre o solo, seja herbácea, arbustiva ou arbórea.
Com o cenário de crise hídrica pelo qual o País vem passando, as chuvas de primavera são aguardadas com ansiedade. No entanto, mesmo com a chegada delas, a previsão é que os reservatórios continuem abaixo dos níveis indicados. O prognóstico é que a recuperação dos sistemas de abastecimento levará cerca de dois anos, sendo que o cenário de estiagem deve se estender pelo menos até o primeiro semestre de 2022.
Desde a Revolução Industrial e Energética, que teve início no final do século XVIII, as gerações passadas, no longo prazo, tiveram sucesso em promover a transição demográfica (redução das taxas de mortalidade, aumento da esperança de vida e redução das taxas de natalidade), promover a transição urbana (passagem de uma economia rural e agrária para uma economia urbano-industrial e de serviços) e melhorar os níveis de consumo e bem-estar da população mundial.
A redução temporária das emissões de carbono causada pelos confinamentos durante a pandemia não interrompeu o avanço da mudança climática ; várias agências da ONU publicam relatório inédito Unidos pela Ciência e comprovam que mundo está longe de atingir compromissos do Acordo de Paris. Um relatório inédito publicado por várias agências das Nações Unidas mostra que as concentrações de gases na atmosfera atingiram níveis recorde e o planeta está caminhando para enfrentar um aquecimento muito perigoso.
O primeiro estudo sobre o impacto global da poluição e mortes relacionadas a incêndios florestais relaciona de forma abrangente a exposição de curto prazo a partículas finas relacionadas a incêndios florestais (PM 2,5 ) no ar e mortalidade por todas as causas, respiratória e cardiovascular em cidades e regiões ao redor do globo.
Recentemente foi divulgado novo relatório pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) informando que a mudança do clima já está acontecendo e de forma mais rápida e intensa do que se imaginava, como resultado da ação humana (antrópica). O IPCC também lançou um Atlas Interativo em que se pode visualizar a projeção do clima futuro com relação às temperaturas e à precipitação, a partir dos cenários de aquecimento de aumento da temperatura média global em 1,5oC, 2oC e 4oC.
A Divisão de População da ONU estima que haja 2,23 bilhões de crianças e adolescentes de 0 a 16 anos e 2,48 bilhões de 0 a 18 anos, em 2020, sendo que a Unicef estima que cerca de 1 bilhão de crianças e adolescentes estão altamente exposta à escassez de água e a níveis extremamente altos de poluição do ar. A apresentação do relatório foi feita pela ativista Greta Thunberg.
O último relatório do IPCC mostra claramente que se não reduzirmos drasticamente nossas emissões, iremos para temperaturas que a Terra não via há milhões de anos, resume Stuecker. “Além disso, podemos agora afirmar com certeza que todo o aquecimento global ocorrido desde meados do século 19 se deve à atividade humana.
Segundo o Prof. Dr. Franco Bonetti, coordenador dos cursos de Ciências Biológicas e Biomedicina do Centro Universitário Módulo, instituição que pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, essas ações influenciam drasticamente na variação climáticas do planeta. “A queima de combustíveis de origem fóssil resulta na maior emissão de monóxido de carbono e, consequentemente, impacta e contribui para o aumento da velocidade do aquecimento global. O desmatamento diminui a oxigenação do ar e o sequestro do gás carbônico da atmosfera, realizado pelas plantas”, explica.