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As chuvas desempenham um papel importante em nossa vida diária. Mais leva a inundações, menos à seca. Décadas antes, percebeu-se que o aquecimento global leva ao aumento das chuvas, em média. Como esse aumento é entregue no tempo é muito importante. Um aumento de 2-3% na precipitação anual, espalhando-se uniformemente ao longo do ano, não significa muito, mas se cair em uma semana ou um dia, causará estragos.
A Cúpula do Clima organizada no Dia da Terra, em 22 de abril de 2021, pelo presidente Joe Biden, contou com 40 líderes políticos das nações mais poluidoras do Planeta e foi muito importante, pois marcou não somente o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris, mas indicou também a disposição política de colocar a questão climática no centro das preocupações nacionais e internacionais da nova administração americana. Na abertura da Cúpula virtual o presidente Biden prometeu reduzir em 50% as emissões de carbono dos Estados Unidos (em relação a 2005) até o final desta década. É quase o dobro do que Barack Obama havia prometido quando assinou os Acordos de Paris em 2015.
O aquecimento global é a maior ameaça existencial ao progresso da civilização. Os estudos científicos registram o aumento da temperatura da Terra e mostram que o aquecimento global está em aceleração. Até o empresário Bill Gates publicou um livro, agora em 2021, “Clima, como evitar um desastre. Soluções de hoje. Desafios de amanhã”, tratando do quentíssimo assunto.
A alma do Pantanal é o Rio Paraguai, cujas cabeceiras estão em Mato Grosso. A região é marcada por estações bem definidas de chuva e seca. Na atual estação de chuvas, as precipitações, principalmente nas cabeceiras do Paraguai, elevam o nível do rio, que transborda e gradativamente alaga primeiro a porção norte do Pantanal, depois a parte central e sul. As lagoas (ou baias) do Pantanal são berçários de peixes, que atraem aves e toda uma extensa cadeia de predadores. A exuberância da fauna e flora na cheia atrai turistas, principalmente para a sub-região de Poconé (MT) e ao longo da Estrada Transpantaneira e da Estrada Parque, na região de Miranda e Corumbá (MS).
“A atual política ambiental do Brasil nos isola no cenário internacional e pode nos custar empregos e atrasar nossa recuperação pós-Covid. O Brasil caminha na direção contrária do que esperam os investidores e líderes internacionais, bem no momento em que o mundo se realinha para combater o problema das mudanças climáticas”, analisa Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
A NDC anunciada é insuficiente e imoral. A redução de 43% nas emissões em 2030 não está em linha com nenhuma das metas do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a menos de 2°C ou a 1,5°C. Ela nos levaria a um mundo cerca de 3°C mais quente se todos os países tivessem a mesma ambição. Imoral porque, num momento em que dezenas de países começam a aumentar significativamente a ambição de suas metas, em linha com novas recomendações da ciência, o Brasil oferece um esforço adicional de apenas 6%, que já estava proposto antes mesmo de o Acordo de Paris ser adotado. O mundo mudou, mas as metas do Brasil não.
A mudança climática continuou sua marcha implacável em 2020, que está prestes a ser um dos três anos mais quentes já registrados. 2011-2020 será a década mais quente já registrada, com os seis anos mais quentes desde 2015, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.
Estamos no início de uma extinção em massa e vocês só conseguem falar em dinheiro, ou na fábula do eterno crescimento econômico: como ousam! Passou pouco mais de um ano desde o vibrante discurso de Greta Thunberg na Cúpula da Ação Climática em Nova York, mas pouco parece ter mudado em termos de soluções para a crise climática em curso. O que preocupa não é apenas o degelo cada vez mais rápido, sintoma evidente de uma mudança de época, mas também a lentidão dos governos em adotar medidas adequadas à rápida evolução desse preocupante cenário.
O La Niña se desenvolveu e deve durar até o próximo ano, afetando as temperaturas, a precipitação e os padrões de tempestades em muitas partes do mundo, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A declaração global de um evento La Niña é usada por governos para mobilizar o planejamento em setores sensíveis ao clima, como agricultura, saúde, recursos hídricos e gestão de desastres. A OMM está agora intensificando seu apoio e aconselhamento para agências humanitárias internacionais para tentar reduzir os impactos entre os mais vulneráveis em um momento em que as capacidades de enfrentamento são esticadas pela pandemia COVID-19.
O IPCC foi estabelecido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para fornecer uma fonte objetiva de informações científicas sobre as mudanças climáticas. Em 2013, o IPCC forneceu um relatório globalmente revisado por pares sobre o papel das atividades humanas na mudança climática quando lançou seu Quinto Relatório de Avaliação. O relatório foi categórico em sua conclusão: a mudança climática é real e as atividades humanas, em grande parte a liberação de gases poluentes da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás), é a principal causa.