“A inovação pode estar ligada à tecnologia e ser atrelada às questões sociais – inovação social, e sobre a sua definição, alguns conceitos são muito específicos e não incluem muitos exemplos, especialmente aqueles que vêm do mercado”.

Agentes da Inovação. Foto: Machado, 2018.

Os pesquisadores Andreia de Bem Machado da Uniasselvi, Brusque e Via do Conhecimento/Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, SC) e Lauro Pereira da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) trabalharam em um artigo onde estudam a concepção e alguns tipos de inovação social (veja em www.ecodebate.com.br/2019/05/13/concepcao-e-alguns-tipos-de-inovacao-social-por-andreia-de-bem-machado-e-lauro-charlet-pereira/)

O conhecimento que gera inovação em produtos ou serviços é aquele relacionado a contextos, é um conhecimento situado e aplicável, que gera soluções, resolve problemas e, quando incorporado a um produto ou um serviço, altera, modifica, gera utilidade e valor. Assim o processo de inovação é um processo interativo, que ocorre com o auxílio de vários agentes que possuem diferentes tipos de informação e conhecimento.

De acordo com os pesquisadores, “a inovação pode estar ligada à tecnologia e ser atrelada às questões sociais – inovação social, e sobre a sua definição, alguns conceitos são muito específicos e não incluem muitos exemplos, especialmente aqueles que vêm do mercado”. Outros são tão abrangentes que incluem exemplos de projetos e organizações que não são particularmente inovadores (embora eles entreguem benefícios para as comunidades que servem).

Ao contrário dos termos de empreendedorismo social, a inovação social transcende setores, níveis de análise e métodos para descobrir os processos – as estratégias, táticas e teorias da mudança – que produzem impactos duradouros, além de resolverem desafios sociais, culturais, econômicos e ambientais existentes.

A inovação social serve para ajudar a resolver problemas sociais. Como exemplos, os autores destacam o microcrédito, como feito pelo Banco Grameeen: em 1976 fazia empréstimos de microcrédito para as pessoas pobres, sem condições de oferecer garantias, para ajudar pessoas de baixa renda a estabelecer negócios lucrativos. O exemplo mais significativo da inovação social organizado pelo setor corporativo é “Projeto Shakti” da Unilever, que apoia as pessoas no segmento de menor renda na Índia. Citam também outro exemplo sobre a temática que é The Big Issue, que consiste em empreendimento que visa proporcionar renda legítima para algumas pessoas mais vulneráveis da sociedade por meio de subsídios para a venda de jornais impressos. Outro modelo sobre a temática são os Alcoólicos Anônimos, grupo que surgiu em 1935 em Akron, EUA, com o propósito de ajudar as pessoas viciadas em álcool. Além desses exemplos, os autores também citam a Universidade em ação que tem o propósito de atender a grande quantidade de indivíduos excluídos socialmente.

Artigo em https://www.ecodebate.com.br/2019/05/13/concepcao-e-alguns-tipos-de-inovacao-social-por-andreia-de-bem-machado-e-lauro-charlet-pereira/

Contatos para a imprensa: Cristina Tordin (MTB 28499) – Embrapa Meio Ambiente – Tel. (19) 3311-2608 [email protected]

Lauro Charlet Pereira – Engenheiro Agrônomo. Doutor em Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável, Pesquisador da Embrapa Meio Ambiente. Rod. SP 340, Km 127,5. Caixa Postal 69. Tanquinho Velho, Jaguariúna/SP. 13.820-000. E-mail: [email protected]

Andréia de Bem Machado – Pedagoga e Pesquisadora no grupo de pesquisa via do conhecimento UFSC. Doutora em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Avaliadora do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) Professora no Curso de Engenharia de Produção na UNIASSELVI. Av. Getúlio Vargas, 63 – Centro 2, Brusque – SC, 88353-900. E-mail: [email protected]

Fonte: Lauro Charlet Pereira – [email protected] em 02/08/2019.